Não passam de cruéis linhas,
Não passam de tristes areias,
Nada além de nossos corpos.
Nada além de uma doce chuva
Temperando nossas vidas,
Ferindo nossos sentimentos,
Queimando nossos sonhos
Por algo indeciso, ou até mesmo, incerto.
Por algo utópico e desesperador,
Nada além de um doce despertar
De um amargo sonho
Que consumiu um simples e triste desejo...
O desejo de ser livre,
Livre para amar,
Livre para odiar
Livre para chorar sem se preocupar onde pisa,
Sem se preocupar o que e onde olha,
Não importa se são apenas árvores ou simples galhos,
Não importa se são tempestades ou ventos,
Mar ou areia, rocha ou água...
Mesmo assim, livre para gritar,
Gritar pela noite,
Gritar para a noite,
A noite de nossos sonhos,
O sonho de nossas noites,
O destino de nossas noites,
Linhas que separam o amor do ódio,
O amor do nosso chorar,
O ódio do nosso amar,
O amor que mantemos pelos insanos sonhos,
O destino de nossas fúteis vidas,
O destino cercado pelas areias,
As areias que indicam o nada,
As areias que indicam o tempo.;
As linhas traçadas pelo destino,
As linhas marcadas pelo destino,
As linhas do destino...
(M. Jonatan Suriani) |
