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Poesias-->A barba -- 08/01/2003 - 14:06 (Clodoaldo Turcato) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A barba



Eu agora sou mórmom

Em meu rosto barbado

Agora transformado

Na ascendência de uma lâmina



Logo serei rufião

Cavanhaque e cartola

Basta que o bigode cresça

Para a metamorfose



Faço do rosto enclaustrado

Pelo tempo encarquilhado

Jovial, belo, rugas à mostra

Corte rente, lambuzado de Bozzano



No conseguinte pêlos crescem

Numa constante renascença

Parecendo gatafunhos

Preteando minha face



Logo um novo rosto surge

Ao bel prazer do ungido

O que antes falecido

Vira costeleta Presley

Um Dumont sisudo

Até mesmo um sapo barbudo

Basta nunca esmalhar



E assim faço minha face

Sempre um constante disfarce

Pois nunca sei o que sou



Hoje sou mórmom

Amanhã quiçá?

Palaciano, culto, agreste

Ou cabra da peste

Visionário ou conservador



Sou gajo sem divã

Freud não me entenderia

Contudo, muitos enveredam

Em mutirões de vislumbre

Sem nunca crivarem acerto





Apresados sodomizam

Enquanto fito a muxaxar

Sem nada explicar

Aos incautos de vida alheia



É protesto à mesmice?

É birra ou enfezar?

Ou uma forma de inconformar?

Nada contra ou a favor



Ao olhar pelo espelho

Sinto leve o peso dos anos

Infeliz dos imutáveis, estáveis

Intransformáveis

Da mesmice sem razão



Não fraquejo ante a navalha

Da bazófia nada quero

Manejo o cabo com esmero

Para nunca ser igual



Hoje sou mórmom

Amanhã...



( Codo. Recife, Pernambuco, dezembro de 2002)





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