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Ensaios-->DUALIDADE -- 01/06/2001 - 22:13 (J. B. Xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
DUALIDADE
Por J.B.Xavier


Duas coisas a lembrar, sobre as quais teimei durante muito tempo com a vida e lhe dificultei bastante a tarefa de me demonstrar o óbvio:
1- Não existe pessoas completamente felizes, nem completamente infelizes. Na dualidade sobre a qual o Universo foi construído, estas cumprem também o papel que lhes cabe, o de se completarem mutuamente para que do Uno nasça a vida!

2- Ambas nunca estão completamente ausentes, nem completmente presentes. O que fazemos, no máximo e ignorar uma delas mais tempo do que ignoramos a outra, na esperança vã de que a ignorada, desapareça. Entretanto, por serem forças duais que buscam o equilíbrio entre si, elas tendem a estar presentes aproximadamente pelo mesmo período em nossas vidas, numa freqüência de alternância raramente sujeita ao nosso controle.

Em relação às obrigatoriedades práticas que temos, e que, pensamos, nos impede se sermos completamente felizes, vale lembrar que todos os potentados da inteligência universal, realizaram obras verdadeiramente inacreditáveis, quer pelo peso, quer pela abrangência, subordinando-se às mesmas regras que nos tange. A respeito, é útil a leitura de 'Os Diálogos”, de Platão'.

Quando uma pessoa constrói um jardim, seria, em tese, para que se sinta melhor em meio a uma pitada de natureza, que, inexplicavelmente, o homem tenta separar de seu próprio ser, como se não fosse, ele próprio, a quintessência dela. Entretanto, curiosamente, depois de algum tempo, ela já não olha mais para o jardim que construiu. Mas, a felicidade bem pode estar em falar com as rosas, como disse o grande Cartola, ou em acompanhar o trilho das formiguinhas e sua labuta incessante. Digo com isso, que em apenas alguns centímetros quadrados desse jardim, há motivos fortes para venerar a vida, e, portanto, para ser feliz. Entretanto, o que chama atenção e provavelmente decidirá o destino do jardim são suas plantas mais frondosas, as que, segundo nossa definição de estética, são as mais bonitas. Então, muito cuidado com a forma, porque ela escraviza e vicia. Pessoas evoluídas em espírito não se deixam enganar por ela, porque sabem que é no difícil, no feio e no demorado que estão os verdadeiros desafios a nós colocado pelo Senhor do Universo.

Estamos de tal forma manietados à forma, que geralmente subordinamos a ela quase tudo em nossa vida. A preocupação demasiada com a forma, nos leva a idéias pré-concebidas que constituem o último refúgio da mente racional. Devemos procurar, isto sim, soltar-nos em sutis ondas de pensamento, planando livres por sobre o cenário de nossas vidas. Temos que tentar esquecer alguns parâmetros de medição de nossas ações, que por exigirem demais de nós,nos levam às infelicidades. Temos que tentar não medir o imensurável, especialmente com as reles ferramentas da lógica de que dispomos.

Temos, finalmente, que aprende a convier com o dualismo da dúvida e não tentar pôr cabresto nas perguntas que surgem, nem nos inquietarmos, se elas ficarem sem respostas. A resposta para tudo é o bicho-papão das mentes obsoletas.

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