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Artigos-->PELOS SANTOS SE BEIJAM OS ALTARES -- 06/05/2011 - 18:41 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 











PELOS SANTOS SE BEIJAM OS ALTARES



 



  Francisco Miguel de Moura-Escritor, membro da Academia Piauiense de Letras



 



         A última pregação do Pe. Tony, domingo passado, foi deveras edificante sobre a fé e as formas de consegui-la. Na igreja cristã primitiva os membros eram chamados de santos, por isto é que ainda hoje se diz a comunhão dos santos em vez de comunhão dos homens, referiu ele.



         Na verdade, somos santos e pecadores. E veio Jesus, trazendo ao mundo a doutrina do amor. A partir daí, “o dente por dente, olho por olho” seria banido. E permanecemos pecadores e homens de pouca fé. “Os santos estão perto de nós”, afirmava Pe. Tony. E citou várias vezes o Papa João Paulo II (beatificado agora), Madre Teresa de Calcultá e a Irmã Dulce. Aí fui lembrando outros, entre os quais São Francisco de Assis, o poeta ecologista, santo de meu nome dado por meus pais, ao qual minha mãe fez uma promessa, na verdade um sacrifício (que não sei qual foi), se meu pezinho, que nascera torto, endireitasse. E endireitou. Ela tinha fé, mas o filho ainda não conseguiu aquela fé cega que, muitas vezes, lhe tentou.



       Na volta para casa me veio a frase que dá título a esta crônica. Não sou católico de carteirinha, sei das inúmeras barbaridades que foram praticadas no mundo, quando dominado por forças obscuras que nem sei classificar – dentre outras, a mais conhecida foi a inquisição imposta aos não crentes. Foi um período negro. Mas ela, a religião católica, permaneceu cristã, embora, na prática não fosse nada liberal.



       Mesmo tendo lido inúmeros livros de todas as grandes religiões atuais, permaneci católico, em virtude do exemplo humano e espiritual de Jesus, um dos maiores filósofos da humanidade, e da doutrina dos Evangelhos escritos ou ditados por seus discípulos, onde não se encontram contradições, só é necessário que sejam interpretados à luz da razão humana, e assim porque foram escritos por homens e para homens. Acredito na história de vida de Cristo, enquanto “Deus está no pudor do silêncio”, segundo pensamento recente do Frei Leonardo Boff.  Há muitas histórias na Bíblia, na parte que se refere aos judeus, o Velho Testamento, que são puramente a história dos judeus. E eles não são cristãos, não reconheceram Jesus. Por quê?



         Muitas dúvidas nos assaltam.   "Há mais mistérios entre os céus e a terra do que sonha nossa vã filosofia”, eis o que disse Shakespeare, colocando a frase na boca de um dos seus personagens. Não sei. Não quero ser intransigente nem dogmático. O comunismo se foi. O nazismo. O fascismo. O fundamentalismo dos seguidores de Maomé está se estraçalhando. Bin Laden foi morto, nesta semana. O cristianismo, especialmente o catolicismo, permanece de pé. Permanece cristão e se tornou democrático, moderno com o mundo. Esta será minha religião, se é necessário ter-se uma. Fui batizado. E estou com os santos, os bons, que deram a vida pela vida e saúde e bem estar dos outros. E estando com eles, creio que não estarei errado. Como já diz o dito popular, um dos mais conhecidos, “quem anda com os bons será um dele e quem anda com os maus será pior do que eles”.



         O homem moderno adquiriu a liberdade, a muito custo, de poder ser ou não ser isto ou aquilo, ser dogmático ou não, acreditar ou não acreditar. Aliás, a ciência, que é coisa do homem, diz que “há uma região do cérebro humano onde se localiza a fé”. E acrescenta que, naqueles homens que têm fé, essa parte fica bastante ativada. Nos que não têm, ela é como se estivesse inativa, dormindo ou morta. Dessa forma, se confirmada a tal verdade científica, normal é ter fé. Quem não na tem é incompleto. Ou anormal. Eu sou assim, caro leitor, mas, como diz o poeta Hardi Filho, “eu não sirvo de exemplo pra ninguém”.



       


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