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Prêmio da Vida
Quando olho ao meu redor consigo visualizar feliz, todas a coisas que tenho e que amo, desde a natureza, as pessoas, os atos nobres de alguém que admiro e me enche de orgulho, ou as coisas mais simples como um gesto, sorriso, ou uma expressão amiga. E vejo, constato que minha passagem está sendo pelo menos prazerosa apesar das tristezas e dores, sem as quais não existiria vida.
Sem os contrastes não saberíamos, não sentiríamos, essa diferença fundamental, tocante e essencial de sentimentos e sensações diversas e maravilhosas. A vida é peculiar pelas sucessões rápidas e inesperadas, imprevistas, que surpreendem o ser humano. Essa deleitosa sabedoria que nos mantêm ansiosos, porém vivos.
Quando o egoísmo me põe em dolorosa expectativa, admiro com prazer, que ali, bem ao meu lado, posso vislumbrar e com detalhes apreciar, o altruísmo encantador de alguém especial.
São essas diferenças, desde a natureza, o sol e a chuva, a noite e o dia, o céu e a terra, árvores frondosas e pequenos arbustos, montanhas e planícies, que realmente fascinam.
Depois os sentimentos que se contrapõem, os amores em suas formas variadas, as reações humanas tão características, o que existe dentro de nós mesmo indefinido, imenso e indeterminado.
Chego a conclusão que a vida é um prêmio. Ou não será? Que nos leva a caminhos amargos. Ou não levará? Que está valendo a pena. Ou não estará?
Que é uma experiência enriquecedora. Ou não haverá riqueza nisso? Que é importante amar, sorrir, chorar, abraçar e olhar as exuberâncias naturais e humanas. Ou nada é importante? Poderemos ver então que a despeito de qualquer coisa, recebemos o premio de tudo que em momentos dolorosos ou deprimentes ficamos prestes a renunciar.
É o mistério da vida. O prêmio de sentir e olhar, de amar, ser amados conviver com o prazer, embora a dor não esteja muito distante.
E cada um de nós pode responder diversamente É um prêmio?
Vânia Moreira Diniz
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