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Artigos-->O DIA DE ONTEM -- 01/05/2011 - 23:49 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


 












                              O DIA DE ONTEM



 



                                             Francisco Miguel de Moura*



 



Amanhã é outro dia, é o que dizemos quando queremos nos fixar no dia de hoje. E o dia de ontem? Bem, falo meu dia de ontem, porque hoje é sábado e sábado para mim é descanso: vou pra Academia, volto para o almoço, se possível com cerveja. De tarde, bem, de tarde, se houver inspiração, faço um poema ou uma crônica. Mas esta é sobre o meu dia de ontem.



Foi um dia terrível. Saí para a caminhada, que faço diariamente, inclusive aos domingos, dias santos e feriados, e na dita caminhada perdi meus óculos. Eu não preciso de óculos para caminhar. Vou dizer a minha mulher que pode me dar uns cocorotes se ainda teimar e leva-los. Quando senti que estava sem óculos, me lembrando de que saíra munido deles, que em determinado local tirara e tentara colocá-los enganchados na abertura da camisa entre um botão e outro e não estava bem enganchado. Aí a memória voou, a imaginação sumiu, vencido que estava por alguns problemas ou por um só problema. Leitor, você já verificou que quando a gente tem muitos problemas em mente ainda raciocina bem, mas quando passa a ter só um intensamente, aí a coisa desanda e você passa a não sentir mais o mundo do seu corpo?  Parece que a alma se reduz.



Qual o meu problema? Meu computador vinha dando problemas sérios. No dia anterior, estava dando choque quando se tocava em qualquer ponto do gabinete. Meu filho, que me acode sempre, porque não sei nada de computador, seja de hardware, seja de softwere, ficou meio encabulado, terminado por recomendar-me levá-lo à oficina, coisa que tantas vezes já havia feito. Então, naquele momento resolvi: Vou comprar um novo. Saí com ele compramos um notebook, coisa inteiramente nova pra mim: sem mouse, teclado reto e diferente, a única tomada é uma para recarregar a bateria. Diante do novo, me vi deslumbrado e com medo. Ele, então configurou o que tinha de ser configurado e entregou-mo funcionando. E saiu. Experimentei a primeira vez sem ninguém que pudesse me socorrer e abri a internet, o que mais me interessava no momento, pois meus programas (a maioria textos) estavam ainda no hd antigo.



- Pai, depois eu faço a transferência sem perda de nenhum dado. Não tenha medo – disse Franklin.



Pois é, depois que ele saiu abri o computador, verifiquei o word, depois... Na segunda vez, cadê que conseguia abrir. E tentava e tentava. A cabeça ardia. Já meio desiludido, à noite, telefonei para ele, meio desconsolado:



- Meu filho, parece que perdemos tudo o que Marta fiou. Não consigo achar a internet outra vez. Parece que desconfigurou.



         Pela voz da resposta, notei que ele ficou triste. Mas não desestimulou. Aliás, o que não me tem faltado é estimulo de meus dois filhos que me dão assistência: Franklin e Junior.



Deixe-me contar: à noite não dormi bem, sonho sem sonho, acordando sem acordar, querendo que a noite terminasse. Veja, leitor, no que dá se a gente se preocupa em excesso. Foi justamente na manhã que sucedeu a essa noite que perdi meus óculos. Daí é claro, não poderia continuar meu aprendizado no notebook.



Mas aí já era outro dia,quando tive muitas alegrias com ele, meu notebook. Por isso é que o vulgo diz acertadamente: Nada melhor do que um dia depois do outro.



 



 



__________________



 



*Francisco Miguel de Moura, escritor brasileiro, mora em Teresina, PI.



 



 



 



 


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