JURUBEBA
NOME BOTÂNICO: Solanum paniculatum L.
FAMÍLIA: Solanaceae
PARTE UTILIZADA: Folha, fruto e raiz
HISTÓRICO:
Arbusto de até 3 metros de altura, apresentando espinhos curvos no tronco e ramos. É ancontrada na América tropical, principalmente no norte do Brasil. É comum em terrenos arenosos, desmatados ou onde tenha havido queimadas. O nome jurubeba é usado para um grupo de espécies do gênero Solanum, usadas frequentemente na medicina popular. A Farmacopéia Brasileira, 2º edição, preconisa a espécie S. paniculatum como droga oficial, indicando o uso especialmente da raiz e caule. Puro ou misturado com cachaça, o vinho dos seus frutos é muito popular no Brasil, especialmente no nordeste.
CONSTITUINTES: 1) alcalóides: principalmente na raiz (0,25 a 0,96%), caule (0,28%) e raramente nas folhas (0,2%). 2) as folhas e flores apresentam solanina, 3) saponinas esterólicas nitrogenadas: paniculina e jurubina, 4) outras saponinas, a partir das quais obteve-se as agliconas denominadas isojurupidina, isojurubidina, isopaniculidina e jurubidina. 5) glicosídeos (paniculoninas A e B) foram isolados das folhas. 6) mucilagens, 7) resinas (juribina e jurubepina), 8) ceras, 9) ácidos orgânicos.
AÇÃO: 1) tônica, 2) descongestionante, 3) diurética, 4) estomáquica, 5) febrífuga, 6) colagoga, 7) emenagoga, 8) cicatrizante.
PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS:
Apresenta propriedades estimulantes das funções digestivas, descongestionante muito eficaz contra afecções do estômago, do baço e do fígado. Estimula a secreção e eliminação da urina e apresenta atividade sobre o coração. A maior parte de suas propriedades se devem ao seu conteúdo em resinas.
INDICAÇÕES: 1) afecções do fígado: icterícia, hepatite, insuficiência hepática, 2) inflamações do baço, 3) atonia gástrica, 4) hidropsias, 5) úlceras e feridas (especialmente as folhas), 6) febres intermitentes e convalescença de doenças infecciosas, 7) clorose, 8) prisão de ventre, 9) dispepsia, 10) cistite, 11) anemia, 12) auxiliar no tratamento do diabetes.
CONTRA-INDICAÇÕES:
Não há referência na literatura consultada.
EFEITOS COLATERAIS:
Os alcalóides e esteróides podem causar certa toxidade.
USO DURANTE GESTAÇÃO/ LACTAÇÃO:
Não há referência na literatura consultada.
PRECAUÇÕES:
Utilizar sempre na posologia recomendada. Não se recomenda o uso prolongado devido a quantidade de alcalóides e esteróides que contém.
INTERAÇÕES:
Pode ser combinada com compostos ferruginosos no tratamento de anemia.
DOSAGEM / MODO DE USAR: Uso interno: Adultos: 1) Decocto: 20g de folhas ou raiz para 1 litro de água. Tomar 1 xícara após as refeições, podendo chegar a 5 xícaras ao dia. 2) Tintura: 1 colher de sobremesa a cada 8 horas. 3) Vinho medicinal: macerar por 10 dias 3 a 5g de raiz em 300ml de vinho licoroso. Filtrar. Tomar 1 cálice às refeições como descongestionante do fígado. 4) Extrato fluído: 1 a 4ml ao dia, 5) Extrato seco: 200-800mg ao dia, 6) Infuso: 2 pedaços de raiz em 1 xícara de água, 2 a 3 vezes ao dia, 7) Pó: 2 a 4g da raiz; ou 5 a 8g da folha; ou 3 a 6g do fruto ao dia. Uso externo: 1) Cataplasmas das folhas: 2 a 3 vezes ao dia, 2) Infuso: 1 colher de folhas picadas em uma xícara de água. Acrescentar mel e aplicar sobre as feridas. Crianças: - Usar dosagens proporcionais a idade, variando entre um sexto até a metade da dose de adultos.
DURAÇÃO DO TRATAMENTO:
Apenas pelo tempo que se fizer necessário.
SUPERDOSAGEM:
O uso prolongado ou em doses elevadas causa intoxicação.
PRECAUÇÕES DE ARMAZENAMENTO:
Armazenar preferencialmente em recipientes herméticos, em ambiente seco e arejado, ao abrigo da luz solar.
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