A pouco volei do armazém, estância guapa que não existe más
No bolicho tem de tudo, fandango, cachaça e china
Tem até xampu prás crina
A diferença é que ali não se come nem se bebe
Lá o tal carrinho de mercado não anda direito
E lá também o chão é mais liso que sovaco de gringo
Se o vivente entrar embalado
É capaz de corcovear como em lombo de pingo
Já dizia meu compadre velho, que nesses armazém moderno o índio tem que andar devagar de um jeito ou de outro, seja pelo carrinho ou pelo chão liso.
- Xirú, isso além de estético é funcional, me grita o vivente.
- Um tanto compadre, um tanto!, digo eu.
A quantidade de tempo que o vivente fica dentro do bochincho é diretamente proporcional à quantidade de chinas que agradam ao peão. A quantidade de tempo que se fica dentro do bolicho é diretamente proporcional ao que o índio gasta lá dentro.
Se correr o bicho pega, se ficar o dinheiro some.
- E além de tudo é estético, vivente, pois em baile de família não se aceita homem cagado.
- Um tanto compadre, um tanto!