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Contos-->A morte de Bush - Com a parceria de Rose - -- 24/10/2002 - 23:20 (Athos Ronaldo Miralha da Cunha) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Caía a tarde em um hotel fazenda no Mato Grosso do Sul.
Patrus e Rosa estavam em lua-de-mel. Tinha sido uma longa viagem de São Paulo até Rio Bonito. O ônibus não era lá muito confortável. Entretanto, eles estavam adorando as paisagens proporcionadas pela bela cidade turística.
Patrus dormitava na rede na varanda com um livro sobre a vida de Che Guevara. De repente ouve a sonora e suave voz de Rosa.
- Patrus! Vamos passear pelas trilhas dessa mata, deixa os livros de lado um pouco e vamos respirar o ar puro desse Mato.
- Vamos, passear e conversar. Precisamos de silêncio e espairecer. Ok.
O som vindo das matas será a nossa companhia por alguns momentos. Ouviremos o silêncio da natureza, o grito dos grilos, dos sapos, das cutias, enfim da mãe natureza.
- Espero não encontrar um cobra jararaca no nosso caminho! – exclama Rosa.
- Que eu saiba tua mãe não está por aqui... - Patrus era muito brincalhão.
- Para com isso Patrus, minha mãe é boazinha.
- Boazinha...
- Com esse calor, vamos lá na cachoeira. O que vamos conversar? Alguma coisa te preocupa?
Patrus estava agitado, nem o suave barulho da queda d’água o tranqüilizava. A tarde estava calma e o sol brilhava, como os olhos de Rosa, tanto quanto a primavera em Rio Bonito. Sentaram-se em uma rocha e começaram, entre carícias, um diálogo, que ambos adoravam. Utopia, transcendência.
- Busco transcender e fazer de minhas utopias, poesias,verdadeiras almas para minha vida. Soltou Rosa a esmo.
- Se não sonharmos como concluir o pensamento? Como pensarmos, como amarmos? Como transformar o mundo, o nosso mundo?
- Os pássaros cantam, está ouvindo Patrus? Ser bela e inteligente não basta num mundo cheio de nãos...
- Rosa! Será que não temos que ser realistas. Viver a realidade crua e viva com suas verdades e mentiras? Alguém disse que as rosas não falam? Quero que continues, Rosa, sou todo ouvidos...
Rosa cala-se por instantes. Pensa na Rosa de Hiroshima. Suas pétalas radioativas... Olha para Patrus e como num despertar curioso, pergunta com um olhar calmo.
- Patrus, rosas radioativas falam?
- Falam, mas falam em silêncio. Um silêncio de décadas eternas e mutila inocentes. Uma rosa sem espinhos, uma rosa enfumaçada, uma rosa calada, uma rosa que vem devagarinho. A conseqüência das rosa de Hiroshima, Rosa, é a mutilação da humanidade.
- Então sou rosa de sobras radiotivas.
- Tu és a radiação que me cativa.
Patrus silenciou. Havia algo no silêncio de Patrus. Rosa era a meiguice em pessoa, era o sonho utópico ao redor do seu longo silêncio. Eram carícias à beira do riacho.
O silêncio permaneceria se não fosse um ruído de alguma coisa caindo com as águas da cachoeira.
- Alguém se jogou na cachoeira. - comentou Patrus.
- Será?
Patrus caminhou até a margem do riacho e observou.
Havia um corpo estirado. Boiando nas águas límpidas da cachoeira. Rosa, abruptamente, interrompeu seus questionamentos e correu para olhar.
Quando Rosa virou o corpo e reconheceu o rosto do cadáver, sua face transformou em pavor e soltou um grito.
- Nãããããoooo! Patrus! Que horror! - virando seu rosto para o lado ao deparar com a face de uma conhecida pessoa.
Patrus abraçou-a. Rosa estava trêmula. Desejou ardentemente voltar para mesma tranqüilidade de seus questionamentos e re-bobinar a cena antiga. Estaria fazendo parte de crime? Ainda não, era expectadora inocente da peça.
Num ímpeto, o abraço se desfez e Rosa desceu ribanceira abaixo, transtornada e apavorada com a visão.
- Vamos! Vamos embora, Patrus!
- Não! Rosa, quem é esse homem? Responda-me Rosa?
- Não está vendo amor? Olhe... está tatuado com marcas de objeto cortante. Vê? Por baixo do sangue... Oh! Patrus!!!!!!!!!!! É o Bush!!!!!!!! Olhe o recado marcado no corpo:
Autor: BIN LADEN.
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