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Ensaios-->Do Infinito Amor -- 23/09/2000 - 23:08 (Andréa Abdala) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

'Eu possa dizer do meu amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.'

(Vinícius de Moraes)



Presente nas bocas apaixonadas, nos corações amantes, no encontro dos namorados, em todos os cantos possíveis - está a palavra Amor. O Amor, este sentimento de altos e baixos, de sintonias embriagantes e melodias sinfônicas poderiam ser durável, ser eterno, ser realmente infinito em nós.
Penso que um amor intenso e consolidado poderia respingar seu mel por diversos lugares e não apenas ser amor salpicado, ziguezagueando como de fato vemos acontecer com a evolução da espécie humana, uma verdadeira montanha russa.
O Amor, ultimamente, muda tanto de casa, de braços e de endereços que às vezes o perdemos dos dedos ou nas páginas da agenda desatualizada, como se possível fosse tê-lo inatingível.

Se o Amor fosse raiz profunda em solo fértil, esta árvore de tamanha sombra e suculentos frutos saciaria nossas barrigas carentes comparando-se a um prato de sobremesa após um dia exaustivo de trabalho. Se o Amor fosse esta espinha universal mantendo o frescor do companheirismo, da unificação, da cumplicidade, da doçura, não existiriam, em última análise, corações verdes, caídos ao chão, bichados, intoxicados ou machucados por estarem maduros demais.

O Amor de duração eterna sem a imposição do tempo, dos fracassos, das distâncias, da inconstância humana, este sim seria digno de ser pronunciado, idolatrado, compartilhado pela vida, em todas as suas nuanças e trajetórias. Ser do cacho a uva mais doce.

O poeta maior Vinícius de Moraes, por quem tenho muita admiração que me perdoe, mas essa frase poética ou condição de amar não é a que melhor representa as expectativas de cada um de nós. Este homem muito dependente, que cava forças para adestrar a solidão, este homem algemado por invisíveis pulseiras de aço, sufocado no ar poluído da camada de ozônio, dos escapamentos dos carros, impedido do oxigênio e do sol nascente, este homem, ou nós homens, precisam acreditar e saborear o direito de ser eterno, de ser chama inapagável e não tão vulnerável fuligem cinza ou prazeres fragmentados.

Poeta... Que seja eterno o Amor sim, desde que sem o tic-tac do relógio e sem a bandeirada final. Afinal, o que mais sabemos fazer de melhor no mundo é Amar.


©Andréa Abdala
23/09/00


Texto revisto pela Amiga (super) Vânia Moreira Diniz

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