DOCE PENA
Daudeth Bandeira
Os nossos diários são coincidentes,
Nós dizemos neles, que nos encontramos
Num jardim e subtraímos ramos
Com algumas flores, frutos e sementes.
De furtos em punhos nos aproximamos,
Como dois gatunos hiperconiventes,
Demo-nos as mãos, trocamos presentes,
E eternamente nos apaixonamos.
Crimidocicamos, então, nossas vidas
Por aquelas suas duas margaridas,
E pelas minhas duas meigas açucenas.
Diante um juiz nós fomos julgados,
Conubialmente fomos condenados
A cumprirmos juntos nossas doces penas. |