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Artigos-->Carnaval e Futebol -- 02/03/2011 - 13:18 (Lita Moniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carnaval e Futebol

Carnaval e futebol duas paixões brasileiras, que ultrapassaram fronteiras.

A maior festa do mundo, é do povo, só do povo e de mais ninguém.

Até o rei é deposto.

Elege-se um rei mono, um rei sem cartola, um rei a mandar o povo sambar.

Vai junto para rua, vai desfilar, vai espalhar alegria por todo o lugar.

Bem lá no fundo dá um recado: eu sou o rei que este povo escolheu para

esquecer, só por três dias, do outro rei que o faz sofrer .

Dizem que o povo gosta mesmo é de pão e circo, o carnaval é um pouco isso.

Faz parte da cultura desta nação, pode até ser um jeito de se iludir, mas também pode ser um tempo para refletir.

Pode ser um momento de se levantar e até começar a pensar no que pode melhorar.

É o jeito brasileiro: uma arma secreta capaz de deflagrar uma revolução: sem troca de tiros, sem se machucar, desata a sambar, o modelo político, social e econômico treme ao ver a escola de samba passar.

Treme com o barulho do carro de som ao passar, com grito de guerra que aquela multidão é capaz de dar.

A outra paixão brasileira é o futebol: é este esporte que faz a alegria destes meninos da periferia.

Sonham ser um dia jogadores famosos, alguns chegam lá, viram heróis, modelo a seguir. Quem não quer ser um craque famoso, disputado pelo mundo inteiro, ganhar rios de dinheiro.

Está no sangue, na ginga da criançada, em campinhos de terra batida, descalços, no estômago pouca comida.

Parecem anjos a tocar a bola, mesmo sem asas parecem voar.

Crianças pobres, cheias de fé. Sonham ser um dia um rei Pelé.

Nem todos conseguem, e até há os que chegam lá, mas por falta de estrutura, má administração da vida e da condição, deixam os gramados, às vezes até em pior situação.

Trocaram a pobreza pelas grades da prisão.

Mas há também outro fator que vem de fora.

O povo que os aplaude, a torcida, que é capaz de os carregar, até ao céu os fazer chegar, é capaz também de os derrubar.

Sem dó nem perdão, se o time perdeu, se o jogo era de decisão , então aí piorou a situação, deita-os ao chão, pisa-os, se preciso for, com raiva, rancor.

É aí então que o jogador precisa ser um rei, um vencedor. Perceber que chegou a hora de parar.

Sair da jogada, antes da pedrada.



Lita Moniz



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