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Poesias-->67.O DIA -- 01/01/2003 - 07:23 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



A trilha que conduz à perfeição

Passará, com certeza, pela vida.

Em não havendo, pois, qualquer saída,

Por que tanta insistência em dizer “não”?



Havemos de cumprir a nossa lida,

Enquanto bons amigos cuidarão

De requerer ao Pai o seu perdão,

Para não ser a morte tão sofrida.



Em que ponto da estrada nós estamos,

Para colher os frutos destes ramos,

Que fornecem de graça o tal poder?



Seja qual for o rude estágio d alma,

Havemos de levar do bem a palma,

Sentindo pelo irmão mais bem-querer.









II



Qual argumento dá ao coração

Melhor motivo para o bem-querer,

Do que o amor do Pai, ao nos fazer

Com ansiedade pela perfeição?



Em simples versos, que nos dão prazer,

Já conseguimos demonstrar razão,

P ra que o amigo nunca diga “não”,

Conquanto seja triste o seu dever.



Se o seu trabalho o amor não favorece,

Azucrinado sempre pelos maus,

Eleve a Deus a voz em doce prece,



Para evitar que o mundo seja um caos,

Onde a esperança brota mas não cresce,

Que é de rigor salvar todas as naus.









III



As rimas são ditadas de improviso

Por esta gente que não tem talento,

Confiando tão-só no movimento

Que registra, no médium, nosso aviso.



O que parte de nós é dez por cento.

Mais do que isso, então, não é preciso,

Quando este mediador tem muito siso

E não desanda o verso, por ciumento.



Que tal tentar você este estribilho,

Sem temer, no começo, não ter brilho

Qualquer iniciativa da poética?



Quem sabe esteja aí o bom início

De eliminar do pensamento o vício

De conservar a alma sempre cética.









IV



Assusta-se o leitor com nossa glosa,

Porque não sabe as regras da poesia?

Ou tem certeza que melhor faria,

Por ter a rima rica e generosa?



Há quem se julgue culto, todavia,

Não se arrisca a escrever, nem mesmo em prosa,

Sabendo que o perverso o verso goza,

Conquanto genial a melodia.



Não vamos estragar nenhuma estrofe

Para dar a impressão que seja um bofe,

Incentivando, assim, o caro irmão.



Daremos tudo, tudo que podemos.;

Poremos toda a força em nossos remos:

Vamos tornar difícil dizer “não”.









V



O nosso preclaríssimo escrevente,

À vista de tão parcas harmonias,

Fica a supor que as grandes alegrias

Hão de esperar bom tempo pela gente.



Sabe que as rimas pobres, broncas, frias,

Conservam o leitor indiferente,

Já que nenhum desejo o gajo sente

De superar as dores e as fobias.



Ao menos, nossa turma se aglomera,

Em busca de tornar doce esta espera,

Enquanto o verso fala da Doutrina.



Mediunidade é tema do outro mundo.

Há de saber até o tal Raimundo

Que a solução Kardec é quem ensina.









VI



A melhor parte desse mau soneto

Roubada foi do raro e bom Drummond.

Mas que fazer se é rouco o tosco som

Com que se animam valsa e minueto?



Ao confessar o degas não ter dom,

Hei de lembrar a história de um espeto,

Porém, com tais arranjos, não me meto,

Que, às vezes, quero “sem” e alcanço “com”.



Não sei se o nobre amigo sente muito

Que tenha eu fechado o meu circuito

De forma desprovida de talento.



Porém, se for pensar em trocadilho,

Terá de perdoar o pecadilho,

Que mudo verso ao longe dista, lento...



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