Meu coração sente uma saudade
Que meus olhos procuram
Na imensidão do espaço
O sorriso teu, inutilmente,
É só lembranças
O sonho de tua companhia
Envolto em nossos braços
Jovens, netos, filhos,
Família que hoje chora
Em cada pingo d’água
A perca tua.
Quantas lições deixastes?
Quantas histórias contastes?!
A este povo que adotastes
Como teu.
Nossa história
Era a tua história
Seus trabalhos,
exemplos para a modernidade
Que tonará imortal o teu nome
Nome que ecoará sempre
Nos quatro cantos de Itaubal
Nas vozes dos bem – te - vis,
Sabiás, curicacas,
piaçocas, garças e socós
pois eras um homem natural
Protetor deste rincão amapaense
Teu refúgio de juventude
Tua casa matrimonial com Deus
teu repouso derradeiro,
Onde descansará teu corpo cansado
Das labutas diárias,
Onde nós, tua família,
Teus amigos
Deixaremos jorrar
A maior prova de amor
Nossas lágrimas de eternas saudades.
Descansa em paz, jovem mestre Cantimiro.
Tua história não morreu, está viva em cada um de nós.
Alcarías. 10/12/02
|