Hoje farei o de sempre, hoje
Farei o que há de ser feito,
O de sempre.;
Não farei o que quer seja,
Qualquer coisa, diferente.
Como sempre estarei estático
Nesta inércia mortífera.
Ah, o que há de mover-me
Que me venha, ou não,
Demover-me desta idéia fixa
- nada muda nem há de mudar
- eu não mudo, e sigo inerte, sigo
Morto feito alheio à vida,
A qualquer coisa viva.;
Eu vivo mais que morto, eu não vivo.
Odeio as mulheres porque mudam a cor dos cabelos
Porque mudam quando querem, elas mudam
Qualquer coisa.; eu não mudo coisa alguma.
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