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Artigos-->AUSCHWITZ-BRASIL E A FARRA DOS MINISTÉRIOS! -- 08/02/2011 - 17:42 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


AUSCHWITZ-BRASIL E A FARRA DOS MINISTÉRIOS



Enquanto nos Estados Unidos o presidente Obama aceitou gentilmente seus quinze ministros, respeitando obviamente o cidadão americano, visto que por lá eles são respeitados de maneira total, aqui no Brasil o barbudo e agora a presidente Dilma aceitou, gentilmente, a colocação de trinta e sete ministros. Repito trinta e sete ministros desrespeitando o pobre povo brasileiro, numa fúria avassaladora de cargos menores por toda Brasília. Tantos ministros para quê? Tanta gente para quê? Capacidade ninguém tem tanto! Ideli Salvati, aquela senadora que mais gritava do que discursava no Senado, pegou o Ministério da Pesca. Esta mulher entende de pesca? Ela já pescou alguma vez na vida? Um teste deveria ser feito, colocando-a num barco em alto mar para saber se ela entende de pesca e compreende o vocabulário dos pescadores.



Em um primeiro momento Dilma enfrentou a busca por espaços no governo do PT, seu partido, e o voraz apetite do PMDB, que foi aplacado com cinco ministérios. Depois começou a encarar a disputa por cargos entre os partidos menores, como PDT, PP, PCdoB e PSB. As negociações, no entanto, geraram insatisfações em muitos dos aliados, e as disputas irão marcar o início deste governo.

Os ministros empossados são: José Eduardo Cardoso (Justiça); Antônio Palocci (Casa Civil); Nelson Jobim (Defesa); Antônio Patriota (Relações Exteriores); Guido Mantega (Fazenda); Alfredo Nascimento (Transporte); Wagner Rossi (Agricultura); Fernando Haddad (Educação); Anna de Holanda (Cultura); Carlos Lupi (Trabalho); Garibaldi Alves (Previdência Social); Teresa Campelo (Desenvolvimento Social); Alexandre Padilha (Saúde); Fernando Pimentel (Desenvolvimento); Edison Lobão (Minas e Energia); Miriam Belchior (Planejamento); Paulo Bernardo (Comunicações); Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia); Izabela Teixeira (Meio Ambiente); Orlando Silva (Esporte); Pedro Novais (Turismo); Fernando Bezerra (Integração Nacional); Afonso Florense (Desenvolvimento Agrário); Mario Negro Monte (Cidades); Gilberto Carvalho (Secretaria Geral); Jose Elito Carvalho Siqueira (Gabinete de Segurança Institucional); Luís Inácio Adams (Advocacia-geral da União); Jorge Hage (Controladoria-Geral da União); Luiz Sérgio (Relações Institucionais); Alexandre Tombini (Banco Central); Helena Chagas (Comunicação Social); Moreira Franco (Assuntos Estratégicos); Luiza Helena Bairros (Igualdade Racial); Ideli Salvatti (Pesca); Iriny Lopes (Política para as Mulheres); Maria do Rosário (Direitos Humanos) e José Leônidas Cristino (Portos). Total: trinta e sete ministros. Diferença com os EUA 22 ministros a mais.



Diógenes, o cínico, certa vez ao permanecer na sombra de um curioso pela filosofia reclamou veementemente: -“Ô Otariano! Vai se danar! Sai daí! Deixe-me receber a luz do Sol!” Aqui no Brasil só recebem as luzes os ricos. Os pobres vivem na escuridão. Sem estudo, sem cultura e sem educação. O capitalismo selvagem brasileiro induz o homem pobre a cair na arapuca da criminalidade.



A criminalidade aumentando extraordinariamente tem campo fértil neste capitalismo em que poucos têm muito e muitos têm pouco, ou o nada absoluto. Tanto é verdade que muitos pobres entram na criminalidade como se entrasse num emprego e permanecem para sempre. Nosso país não tem critérios sóbrios, de reputação ilibada e socialmente democrática tão grande como a maioria dos países desenvolvidos. Os EUA são um país de enorme reputação mesmo estando num atoleiro e com uma economia em pane, em razão principalmente dos gastos exorbitantes nas inúmeras guerras. Porque lá existem guerreiros, ou pessoas que lutam pelos ideais democráticos e não se importam com a morte, quando aceitam o combate, desde que seja o bom combate.



No Brasil só se pensa em pular carnaval com mulheres sem nenhuma vergonha na cara desfilando nuas, em pêlo, sem nenhum respeito pela sociedade dos machos da espécie. As mulheres brasileiras são mais protegidas pelas leis do que santos de igreja. Os homens não têm proteção nenhuma.



Pode, entretanto termos uma surpresa agradável com a Dilma lá. Mas, os 37 ministérios já nos deixam de cabelo em pé. Significa basicamente que os petralhas estão de volta em massa para os bons ventos de ótimos empregos desde a Petrobrás até os empregos de 30 mil reais dos políticos e seus correligionários, os quais podemos denominar de bajuladores. Enquanto a indústria da miséria paga apenas 540 reais aos miseráveis a sangria dos cofres públicos já é uma realidade cabal neste novo governo.



Há no Brasil políticos de “grande honestidade”, mas que enchem seus bolsos e suas cuecas e as contas bancárias com pacotes enormes de dinheiro vivo. Isto é de praxe e costumeiro no seio político. Bem por isto nós não decolamos. Estamos sempre numa situação miserável, simplesmente porque a politicalha, sempre de plantão, não aceita um salário mínimo de 540 reais como nós, os pobres, temos de aceitar na marra.



Eles, os políticos, ganham demais; nós os miseráveis ganhamos de menos. Não é como nos Estados Unidos, onde o americano tanto político quanto operário ganham o suficiente para viverem muito bem. Aqui ainda penamos neste campo de concentração “Auschwitz-Brasil” com um salário mínimo que o Barbudo e a Dilma acham muito bom para os pobres. É bem por isto que todos os dias peço ao Pai celestial para permitir que eu nasça nas próximas reencarnações nos Estados Unidos, ou na França, ou na Alemanha. Brasil nevermore! Não compensa ser brasileiro quando nascemos pobres! Somente duas classes amam este país: os ricos e os criminosos. Classes difíceis de pegarem seriamente uma cadeia, visto que nossas leis são as piores possíveis para os honestos e a melhores possíveis para os criminosos de todas as classes sociais.



Jeovah de Moura Nunes

Escritor e jornalista. Autor de “Memórias de um camelô” entre outros livros.



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