Usina de Letras
Usina de Letras
145 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62191 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10352)

Erótico (13567)

Frases (50598)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cordel-->Memorusina = 1. Arder em Trancelim -- 22/07/2003 - 20:02 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A castralvar à musa...

ARDER EM TRANCELIM

Uma doidivanas qualquer, formatada pelas vicissitudes da condição prevalecente, alforreca amarelecida em charco poluído, culpa de ninguém e tão só produto hodierno de uma humanidade cansada, se é ou não é Milene Arder, tenha o nome que tiver e faça o que fizer, para o caso não interessa e a opinião que esboço pertence-me por inteiro. Todavia altura houve em que constituiu referência influente na maior parte dos versos que concebi na Usina de Letras, enquanto outros usuários então perpassavam pelas mesmíssimas intempéries vocabulares e expedientes de esconso esgoto que agora também se me deparam, o que não invalida ou evita a exposição do belo a que deu azo, dando lugar a uma nova clareira após algumas rectificações e acréscimos. É assim de resto, através da repesca de memórias, que se faz literatura... De e em cordel !...

Por musa te elegi e foste tu
A fonte donde bebi a inspiração
Que me inundou de lúcida ilusão
Com que me despi total nu e cru

Se para alguém foi ínvio tabu
O sonho que almejou a realidade
Também o motejado sururu 
Foi o tabu da ínvia invejidade.

Não quiseste evitar a maldade
Das palavras fingindo-se em defesa
Dos frutos expostos sobre a mesa
Na ânsia de comê-los à vontade

Pactuaste perversa na falsidade
Do verbo repassado de traição
Coberto pela capa da bondade
De punhal na língua em palavrão.

Nas costas dos conselhos o refrão
Para te afastar da aura de outrem
Nem deles a sombra que provem
Lhes escondeu a torpe condição

Encabestrados títeres da razão
Persuadidos de por eles estares cega
Pretenderam impor-te a decisão
Que a cego algum se nega e renega.

Espertos jogadores de cabra-cega
Quando enfim nos viram desgarrados
Descobri que estavam desvendados
Pra lograr em fraude nossa entrega

Melhor... É bem melhor esta refrega
Onde me acendo real até ao fim...
Eles dão-se de cordel em cega-rega
E eu dou-me a arder em trancelim!

Torre da Guia 

Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui