Observo pelo buraco da fechadura
A mulher a se despir sem pressa,
Sem fúria e sem vergonha
Pela blusa ela inicia o ritual
E pela saia e o sutiã ela continua
O espetáculo clássico e imoral
Até se desfazer da calcinha e, nua,
Se admirar no espelho do quarto
Acariciando os seios e as coxas
Por dentro até chegar à virilha
Guardiã dos seus prazeres
E num momento um gemido ecoa
Pelo quarto e por toda a casa
Ela gosta do que vê e contempla
Ela goza quando vê que a contemplam
E o buraco da fechadura se cega
A porta se abre. É o convite
Da visão que cansou de se mostrar
E agora quer ser tocada e dar
Parte do seu prazer para quem
Desejou do lado de fora,
Aceitou o convite e disse amém.