Outro Dezembro. E na mesma correria parece que
se vai resolver tudo aquilo que ainda não deu
tempo neste ano, a terminar só para outro começar.
Sonhos e urgências sem fim para a vida breve.
Imaginação em nuvens a se desprender pela
eternidade e suas mil (im)possibilidades para
tantos pacotes quânticos a se formar.
Intenções, desejos, a rodear passos e sementes
ao vento querendo terra fértil, plantar,
florescer, frutificar, colher.
Alguma lembrança mais forte do ano que finda
vai se guardar por enquanto até se misturar
depois numa teia de meses, anos, dias, horas,
minutos.
De um jeito ou de outro o tempo não se prende,
é de fugir e se distanciar, histórias a virar
história. No céu da terra tudo há de rodar. Ficar pelo caminho o quê e o próprio caminho que se palmilha.
Mas a esperança é algo que pode subir, descer,
voar... mas continua a fazer redemoinho, a
soprar, pensar, a empurrar para a frente, para o alto, para cima.
Ainda bem, Amém.
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