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Contos-->Miniconto Erótico -- 11/10/2002 - 21:12 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
JUNTINHOS
(Por Domingos Oliveira Medeiros)

Fazia alguma tempo que tínhamos chegado ao local. Um quarto acolhedor. Clima agradável. Luz de penumbra. Estávamos quietos. Entre sonolentos e ligeiramente acordados. Abraçados. Enrolados. Estávamos despidos. Minhas coxas por entre suas coxas. O contraste de minha pele morena, queimada do sol, com sua pele clara, macia, aveludada e de curvas atraentes. Eu estava do lado direito da cama. Deitado de lado sobre o braço direito. Ela de encontro ao meu corpo. Na mesma posição. Sua perna direita por cima de meu lado esquerdo. Sentia o calor de sua genitália sobre o meu corpo. Meu braço esquerdo por sobre o seu corpo, alisava, de vez em quando, seus cabelos aloirados. Beijávamos de tempo em tempo. Um beijo silencioso e tremido. Um selinho demorado. Um sorriso. Rápido e silencioso. Vez por outra pequenos movimentos para acomodar os corpos. Permanecíamos calados. Falávamos com as mãos. Carícias. Apertos. O roteiro pelo caminho de suas curvas sinuosas de seu belo corpo. Amávamos. Não tínhamos pressa. Curtíamos o prazer de estar juntos. Deitados. Enrolados. Dorminhocos. Desligados. Quase suados. Ligeiramente apaixonados. Emocionados. Sim, era a primeira vez que assim ficávamos. Sem pressa para o término. Para o fim. Apenas ficávamos. Suas mãos pegavam o meu pênis. Suavemente. E o soltava. E sua mãos iam em direção de outras partes de meu corpo. Isto me fazia bem. Uma delícia. E eu corria as mãos por suas costas. Até encontrar suas nádegas. Desde a subida daquela montanha de carne e de prazer. Bem repartida. Bem dosada. Bem arredondada. Bem não sei o quê. Bonita. Ela era bonita. Toda bonita. E muito carinhosa. Meiga. Adormecemos. E não me lembro de mais nada. Amanhecemos molhados e suados. Em meio aos lençóis desenrolados e amassados. E nossas roupas ainda estavam no chão do quarto. Nos esperando. Também estavam abraçadas. Enroladas. Imitando-nos. Foi assim que, devagar e aos pouquinhos acordamos. Com uma pequeno facho de luz vinda do sol que conseguiu penetrar pela janela para bisbilhotar. Deixamos o sol entrar. Não fizemos questão de sua presença. E fomos para o banheiro. Abraçados. Tomamos a nossa ducha e acordamos de verdade. Vestimos nossas roupas. Sorrimos. Calados. Apaixonados. E fomos ver o dia. Estava brilhante. Azul. Com nuvens brancas, de mãos dadas, passeando no céu. Nos despedimos. Ela foi para sua casa. E eu segui para a minha. Pensando nela. Amanhã vou telefonar. Agora me lembro. Nada conversamos. Nem marcamos o novo encontro. De tão bom que foi.

Domingos Oliveira Medeiros
11 de outubro de 2002


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