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Artigos-->Alunos de escola de Cotia lançam livro coletivo -- 04/12/2010 - 11:49 (Carlos Rogério Lima da Mota) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Os estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental do Colégio Espaço Verde Rousseau, no município de Cotia, na Grande São Paulo, lançaram no último dia 30 de novembro de 2010, o livro "Ladrão de Sonhos", obra escrita por eles ao longo dos últimos nove meses.



O projeto, inicialmente concebido como uma experiência literária por estimular os adolescentes a criarem a partir de suas próprias percepções, ganhou vida própria com o surgimento da protagonista Patrícia, também adolescente, que parte do interior para tentar uma vida melhor na metrópole.



O que Patrícia e seu José, o pai, não esperavam, eram que os obstáculos que enfrentariam para alcançar esta suposta "vida melhor" fossem tão árduos a ponto deles quase desistirem dos próprios sonhos. "Nunca escrevi um livro, mas ao dar vida a Patrícia, a seus amigos e vilões em `É preciso começar`, o primeiro capítulo, percebi que as personagens são como pessoas, agem como pessoas, ainda que habitem um mundo que só existe na imaginação de quem as lê", diz, surpresa, a autora Gabriela Espíndola Rezende.



A vida de Patrícia não é marcada apenas por amores e desamores; o decorrer de sua estadia pelo grande centro urbano é maculado pelos assassinatos de algumas das personagens importantes da trama, que, a certo momento, adquire o formato policialesco, algo parecido com o que o dramaturgo Sílvio de Abreu faz em suas telenovelas.



"Cara, chegou uma hora que a história estava ficando chata, então decidi: vou criar um suspense, algo que prensa a galera. É neste momento que Antonio, o gerente da contabilidade onde Patrícia trabalha é assassinado. Depois que escrevi este capítulo, a galera da sala ficou louca, dizendo `O que você fez? A Patrícia deve viver um grande amor, não ser detetive`" confessa Fernando Tavares, autor do 7º capítulo, fã assumido de Agatha Christie, a mestra do suspense. "Mas com o tempo, todos passaram a aguardar cada capítulo como se fosse um daqueles deliciosos pães de queijos saídos do forno. A cada sexta-feira, na aula de redação, o aluno da semana dava continuidade à história de Patrícia, criando algo que justificasse a morte da personagem de Antonio. Foi muito legal viver toda essa aventura, porque a história não era só minha, era de todo mundo", continua Tavares, eufórico com a criação.



"Passei muitas noites sem dormir direito, pensando em como desvendaria os mistérios do livro. Diferentemente dos outros alunos que tinham uma semana para escrever o capítulo, eu tive duas, porque, ao iniciarmos a história, houve um sorteio em que ficou determinado quem e quando se escreveria o capítulo. Por incrível que pareça, eu deveria finalizar a trama, quase dez meses depois. Que responsabilidade! Tinha medo de não conseguir, mas pensei: se todos conseguiram, por que não conseguirei"? – revela Bruna Campos Pereira, escritora de "E por fim, tudo se resolve...", o último capítulo da saga.



"As crianças e os adolescentes de hoje são produtoras de conhecimento em escala; no caso do 9º ano, bastava canalizar todo o potencial criativo da sala para uma obra aberta, em que todos, por um instante, tivessem o poder de alterar a história e o mundo de alguém, ainda que este alguém não passasse de uma criatura imaginária. Foi a partir deste momento que eles perceberam o valor da literatura, das experiências de vida e passaram a agir como verdadeiros demiurgos – os senhores das letras" – relata o professor Carlos Rogério, entusiasta da ideia.



Para Tathiana Nicastro Kruppa e Gislena Luiza Cardoso Oliveira, Diretora e Coordenadora do Ensino Fundamental respectivamente, "este é o papel da escola do novo milênio: possibilitar que cada estudante viaje além de seu tempo físico e intrínseco, conheça novos métodos de se abordar uma mesma temática, deixando de ser mero espectador das teorias para se tornar um verdadeiro criador. E este é o papel do Colégio Espaço Verde Rousseau: permitir que toda criança vivencie o mundo mágico da literatura e, a partir dele, construa o próprio futuro, por sinal, sólido, promissor e permeado por valores fundamentais à consolidação de uma sociedade crítica e democrática".
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