Meu Deus, o que eu fazia agora? De repente você me dizendo estas coisas, me segurando em seus braços e eu nem sabia o que fazer, como agir, o que dizer. Mas a sensação, de estar em seus braços novamente era maravilhosa. Então, me soltei de seus braços, e coloquei meus livros sobre o seu carro. Voltei e então fui eu quem te abraçou e disse:
-Não sei quem é você, nem sei de onde você vem, só sei que também senti muito sua falta e estou adorando estar aqui, assim com você.
Nesse momento, você me abraçou mais fortemente, como se nunca mais fosse me soltar. Podia sentir o seu coração batendo, ouvir a sua respiração e seu perfume era delicioso. Então você olhou em meus olhos e como se tudo já tivesse sido dito, simplesmente me beijou. Foi um beijo que jamais irei esquecer.Tinha gosto de surpresa, paixão, desejo, desespero, encontro, o gosto mais doce que já havia provado em toda minha vida.
Depois, nos olhamos novamente e você me disse com voz suave:
-Aninha, quer namorar comigo?
Sorrindo e olhando bem no fundo dos seus olhos, respondi:
-Eduardo, isso é o que eu mais quero nesse momento.
Mas você, que continuava olhando em meus olhos me disse:
-Tem certeza disso?
Confusa com sua pergunta, meu sorriso foi substituído por uma expressão de preocupação ou duvida sei lá. E você percebendo isso me disse:
-Acho que não me expressei direito, desculpe. Quis dizer, se você não se importa com a diferença de idade que há entre nós? Se você será capaz de encarar seus amigos estando ao meu lado, se isso não vai te deixar constrangida, é isso que quero saber.
Nesse momento, confesso que me decepcionei com você. Como podia um homem maduro, que me passava tanta segurança, ter dito uma besteira dessas? Então, me afastando um pouco de você respondi:
-Eduardo, como você pode dizer isso? Como você pode se sentir assim? O que eu faço e problema meu, e eu assumo. Não me importa a opinião dos outros. Desculpe-me, mas acho que não vai dar certo, é melhor darmos um tempo e quem sabe um outro dia voltamos a falar nisso.
Caminhei em direção a seu carro, peguei meus livros e sai. Você nem tentou me impedir. Lágrimas corriam pelo meu rosto e eu mal conseguia chegar até meu carro. Nesse momento, senti que alguém me segurava pelo braço, e quando me virei, você estava lá. Olhando-me e seu rosto também estava coberto de lágrimas. Nos abraçamos e você começou a falar:
-Aninha, me perdoa! Eu não devia ter dito aquilo. Mas é que você é tão jovem, tão linda, que de repente me senti um velho, sonhando com o impossível.
Antes que você dissesse mais alguma coisa eu o interrompi, olhei em seus olhos e disse:
-Eduardo, a idade das pessoas não se conta pela certidão de nascimento, mas sim pela sua cabeça e pelo coração.
Então, você sorriu e me beijou suavemente. Depois disse:
-Quando eu olho pra você, me sinto como se tivesse vinte anos. Você é a minha alegria, minha inspiração, minha vontade de viver. Mas de viver ao seu lado, com você, pra toda a eternidade.
Nossas vidas a partir daquele momento tomaram rumos que ninguém poderia acreditar. Vivíamos um sonho, um conto de fadas. Todos os dias estávamos juntos, a todo instante nos falávamos, trocávamos confidencias.
As pessoas que nos conheciam, admiravam-se com todo o nosso amor, com a cumplicidade que havia entre nós.
Finalmente chegou o dia em que você teria que conhecer minha família. Você estava nervoso e até temeroso com o que meus pais pudessem pensar da nossa relação. Mas eu te acalmei e disse:..........
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