Incrédulos, meus olhos
Vêem sob o fogo aquele corpo ...
O fogo da discriminação,
O fogo hostil do desprezo
Que nem minhas lágrimas
Conseguem apagar.
Num momento, o homem assusta:
Impõe com descaso
A doutrina do mais forte, do poder.;
Me custa crer a razão
Qual sentimento enfeita o coração.
Ou são mentes derrotadas, sem saber.
Com um grito no silêncio,
Imponho a minha indignação.
Vejo um mundo de violência
A se desprezar em vil traição,
Quando parece incessante a busca
Pela sua desproposital destruição.
Só resta um elo
No frágil ciclo da vida:
A compreensão da justiça
No direito da cidadania.
Um elo frágil ao fogo
Quanto o próprio homem à morte! |