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Poesias-->58.O DIA -- 23/12/2002 - 06:59 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



Eu acho que não tem mais cabimento

Perturbar o leitor com má poesia,

Causando-lhe completo sofrimento,

Que nem com cassetete não faria.



No entanto, esta pressão bem mais aumento,

Porque parar agora não daria,

Já que o nosso médium segue atento,

Em busca de ganhar um outro dia.



Assim, escrevo apenas p ro consumo,

Propondo do evangelho só o resumo

Das leis do amor, do bem e do perdão,



Querendo que esse amigo saiba bem

Que a turma que verseja também tem

Prazer em apertá-lo ao coração.









II



Se, acaso, a minha estrofe melhorar,

A ponto de causar satisfação,

Talvez eu possa até amealhar

O sentimento nobre do perdão,



Ao dizer ao leitor que o patamar

Da esfera em que faço este refrão

Está só meio metro do lugar

Em que o amigo pisa aí no chão.



— “Por que não vem do Alto alguma luz

Que possa dar a todos de Jesus

O ensino mais sutil dessa virtude?”



Não queira seja novo o que é bem velho,

Pois tudo já se encontra no Evangelho,

No aguardo que a consciência, um dia, mude.









III



Não devo censurar o bom amigo

Que tem boa vontade na leitura,

Porque, sem esforçar-se, o verso atura,

Jamais dizendo assim: — “Mangas comigo!”



Busco retribuir com rima pura,

A retorcer o verso com que brigo,

Mas sempre a colher joio, jamais trigo,

Enquanto o sacrifício aqui perdura.



Aí, eu peço a Deus que nos ajude

A decifrar as leis desta virtude,

Pondo nossa amizade um ponto acima.



Logo desce do Céu um anjo lindo,

Que nos aponta o coração, sorrindo,

Dizendo ali encontrar-se a pura rima.









IV



Encontro-me contente co a poesia,

Que é tudo o que pedi durante a vida.

Talvez até pareça algo falida,

Mas isto há de rimar melhor um dia.



Trabalho para achar uma saída

Que dê, para o progresso, a clara via,

Mas vejo que a consciência já sabia

Quando, com o evangelho, me revida.



Refaço, pois, o verso-compromisso,

Julgando que é melhor prestar serviço,

Em vez de dar prazer com boa rima.;



E lembro que Jesus orou por nós,

Alteando, na cruz, a doce voz,

Rogando, em puro amor, do Pai a estima.









V



Ó Deus, o que é que busco ao versejar,

Se a minha voz soluça em som mui rouco?

Perdoa, se consigo aqui tão pouco,

Se a nave vai perdida em alto mar!



Não faças ao soneto ouvido mouco:

Ensina este poeta a apostrofar

Os vícios, que empesteiam o lugar,

Tornando o homem hoje muito louco.



Mas como reclamar de quem falseia

Aquele cuja alma está tão feia,

Que já não vê na trova a imensa trava,



E toca a mesma música do disco,

Querendo ver no irmão um simples cisco,

Rimando, mas dizendo que não dava?!...









VI



Valei-me, bom Jesus, nesta escansão,

Que o tempo que disponho já escasseia,

Contornando-me a rima pobre e feia,

Livrando-me do mal da escuridão.



Eu sei que o verso meu não há quem leia,

Embora nele ponha o coração,

Porém, dizei-me “sim” e nunca “não”,

Se o bem o verso aqui desencadeia.



A luz que vos pedi está presente,

Que a bênção nesta trova se assegura,

Por gentil vibração que a alma sente,



Como se fora a vida bem mais pura,

Bondade desse amor que, eternamente,

Eleva e glorifica a criatura.



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