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Cordel-->De Julita Nunes: A velhice e a infância -- 15/07/2003 - 09:53 (José de Sousa Dantas) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Poemas de MARIA JULITA NUNES

A vida no seu começo
é como riacho doce;
o ocaso mostra o avesso
do sonho que acabou-se.

A velhice é um resto de esperança que a infância deixou quando morreu

A infância é a fase do sorriso
de alegria, de sonho, encantamento
muda a terra no vasto firmamento
é a entrada no grande paraíso
a beleza é igual a de Narciso
que observa o espelho no apogeu
sua imagem na água esmaeceu
lhe roubando a energia da pujança
A velhice é um resto de esperança
que a infância deixou quando morreu

A infância que não lhe volta mais
a decanta o poeta brasileiro
em seus versos no Rio de Janeiro
exaltando as belezas naturais
“Primaveras” a obra mais loquaz
assim foi Casimiro de Abreu
na má sorte, seu pai lhe socorreu
não impondo nem regra nem cobrança
A velhice é um resto de esperança
que a infância deixou quando morreu

Eu passei o passado na revista
com o presente e futuro faço elo
sua poética também desafivelo
Jorge Lima que foi parnasianista
o Augusto um grande naturalista
o primeiro fez “Invenção de Orfeu”
mas Augusto sagrou-se com o “EU”
lá no céu fazem verso de bonança
A velhice é um resto de esperança
que a infância deixou quando morreu

Foi um homem excelente na infância ...
sempre agindo com sua ingenuidade
no seu íntimo não prega a maldade
nem cultiva o ódio, a arrogância
não dá asas à ira, à petulância
Raul D’Àvila Pompéia, o “ATENEU”
realista é a peça de museu
sua imortalidade é quem alcança
A velhice é um resto de esperança
que a infância deixou quando morreu

A idade avançada – rabugice
dá à luz e depois chega à demência
e no bojo carrega a experiência
da infância só traz, a faceirice
o amor pela vida ora bendisse
peregrina num mundo tão plebeu
desejando outra vez ser Corifeu
vai seguindo a estrada e o tempo avança
A velhice é um resto de esperança
que a infância deixou quando morreu

No Brasil houve homens no passado
destemidos, heróicos, valorosos
os intrépidos, guerreiros gloriosos
entre eles tem um mais destacado
doze vezes ministro de Estado
foi Antônio Paulino de Abreu
de Lisboa, e no Rio faleceu
pra o Brasil ele trouxe a lembrança
A velhice é um resto de esperança
que a infância deixou quando morreu

Do poeta imortal Guerra Junqueiro
escreveu “A Velhice Padre Eterno”
foi expulso da igreja pra o inferno
uma sátira de cunho bem grosseiro
ofendeu todo clero brasileiro
e A. J. da Silva, “o judeu”
com as “Variedades de Proteu”
viu seu corpo queimando na lambança
A velhice é um resto de esperança
que a infância deixou quando morreu

A infância na vida teve história
da Antiga à Era Medieval
com a arte que é tradicional
nos deixando um legado só de glória
tem passado que não sai da memória
o profeta Abraão era Caldeu
e sua dama ao Faraó cedeu
com seu Deus ele fez uma “aliança”
A velhice é um resto de esperança
que a infância deixou quando morreu

Aluísio Azevedo se esgotou
já cansado na seiva criadora
sua Casa de Pouso Imorredoura,
de Antônio Canova, o escultor
bela obra em Roma ele guardou
no cinema existiu Ptolomeu
nesse mundo Getúlio conviveu
no Brasil esse filme Yléli lança
A velhice é um resto de esperança
que a infância deixou quando morreu

Se à infância na certa retrocedes
a velhice decerto é que renasce
nesse mundo longínquo existe um passe
a magia se vê que enveredes
nesses teus devaneios não te quedes
toda Roma pertence o Coliseu
pra quem não acreditas és ateu
gira o mundo, circula e balança
A velhice é um resto de esperança
que a infância deixou quando morreu.

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