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Poesias-->SEGUNDA-FEIRA -- 22/12/2002 - 07:14 (LUIZ ALBERTO MACHADO) |
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Não estou morto
E respirei aliviado
Veio o sol
E não sei nada
Nem me eternizo
Não tenho ninguém
Para ficar comigo
A esta hora
E as pessoas patéticas e tolas
Saíram para não sei quê nem onde:
Fabricam sonhos nas ruas
Os barulhos indômitos
Refazem a cidade
De pernas pro ar
Sorrio e choro
Lavando o destino
Nenhuma ressurreição no tempo:
O sisifismo louco dos dias
E a contagem regressiva das horas
Coabita comigo
As imagens de ontem
E a migração dos ponteiros
No corrimão tortuoso da manhã
Ademais
Me deprimo com tudo isso:
tudo no espelho
Não estou morto
E respirei aliviado
Com o amanhecer
© Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
In: O Trâmite da Solidão, inédito.
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