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Cordel-->Continuação VII -- 14/07/2003 - 19:02 (Elpídio de Toledo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
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Movimentos populares,
pregando ideologias,
ou crenças já seculares,
gerando várias porfias,

atuam sempre supondo
que o bem maior repousa
no futuro não hediondo,
registrado numa lousa.

Uma busca incessante
é impregnada na mente
de cada participante
da salvação pretendente.
.

O fim é um ideal,
é um ponto projetado
pela mente, temporal,
para ser bem cultivado:

felicidade, prazer,
igualdade, liberdade,
tudo do bem há de ser,
com grande facilidade.

Porém, na realidade,
os meios para tais metas,
nessa temporalidade,
não são ritos de ascetas.

Muitas vezes, escravizam,
sofisticam as torturas,
assassinatos sempre visam,
mil e uma diabruras,

tudo feito no presente,
pretendendo alcançar
um futuro promitente,
onde possam repousar.

Cinqüenta milhões de pessoas
morreram pela bandeira
do comunismo, à-toa,
vítimas dessa besteira.

A crença em um paraíso —
um futuro de delícias —
faz, do presente, piso
para muitas estultícias.

De que forma tal padrão
opera em sua vida?
Você tem obsessão
por futuro homicida?

Tudo o que você faz,
para um fim alcançar ,
acha válido, kapás,
pra, na frente, triunfar?

E sua satisfação?
Sempre em outro lugar,
ligada à emoção,
o sexo, coisa vulgar?

E sempre está pensando
em vir a ser, adquirir,
ou sempre está caçando
novos modos de sentir?

Pensa que, quanto mais ter,
bem melhor se sentirá,
mais completo há de ser,
podendo ser um rajá?

Espera cair do céu
um homem que lhe acorde,
ou é quem quer, com chapéu,
ter uma mulher que borde?

Em estado de vigília,
o Agora, com seu poder criativo,
transforma-se num ilha
coberta por tempo vivo.

Não existe vibração
e nenhum encantamento.
Vem uma repetição,
um grande embotamento:

pensamento, emoção,
comportamento, desejo,
costumeira reação
da mente, qual realejo,

que nos dá identidade,
mas distorce ou encobre
a grande realidade
do Agora mais nobre.

A mente dispara, então,
um estado avarento,
uma grande obsessão
por um futuro alento.

A crença no que será
alimenta sua mente
com um possível maná,
como fuga do presente.

O futuro, geralmente,
é réplica do passado.
Mudanças, possivelmente,
fazem parte do riscado,

mas, transformações reais
são raras e dependentes
das condições essenciais
pra estarmos bem presentes,

pra dissolver o passado,
acessando o poder
do Agora; antenado,
algo novo há de ter.

O futuro é notado
como intrínseca parte
do momento, um estado
de consciência, destarte.

Se o fardo do passado
é grande em nossa mente,
ele será ativado,
qualquer um dele ressente.

Por não estarmos presentes,
passado se perpetua,
espalha suas correntes,
e onde puder atua.

Mas, o nível de percepção
de um momento presente
é que dá forma, visão,
ao que virá mais à frente.

E o futuro, é claro,
só será vivenciado
neste momento mais caro,
ao presente limitado.

Milhões podemos ganhar,
porém, isso é mudança
superficial, vai dar
só em luxo e gastança,

mas vamos continuar
a reproduzir padrões,
pensando que vai mudar
as nossas situações.

Um átomo nós podemos
dividir e, ao invés
de matar vinte blasfemos,
a pau, por qualquer revés,

uma só pessoa mata,
apertando um botão,
por motivo de bravata,
muito mais de um milhão.

Isso é real mudança?

Se o nível de percepção
de um momento presente
é que dá forma, visão,
ao que virá mais à frente,

então, o que determina
o nível da consciência
é a força genuína
do nosso grau de presença.

É no Agora, portanto,
que o passado se vai,
e não há um outro canto
de onde mudança sai.


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