Vi no varal a calcinha
A sua dona imaginei
Se era loura ou morena
Se brasileira ou nissei
Aquela pecinha bela
Será que cabia nela?
Na incerteza eu fiquei.
Era fina e transparente
E muito bem acabada
Com a forma triangular
Tremulava pendurada
Como bandeira sensual
De alguém muito especial
Só podia ser uma fada.
Imaginei os seios dela
Bem firmes e arrogantes
Bicos rosa juvenil
Atrevidos e excitantes
Cheios de viços e vigor
Um corpo querendo amor
Pras delicias dos amantes.
A calcinha no varal
Cuja dona imaginava
Devia ter coxas grossas
E a flor quela guardava
Deu pra senti o seu cheiro
Se espalhando por inteiro
Um olor que me matava.
Beijei a boca sonhada
Lábios de imaginação
Bela calcinha de seda
Despertou o meu tesão
Ela naquela calcinha
Decalcava apertadinha
Um monte de sedução.
Devia ser uma deusa
Com algo tão delicado
Tanta sensualidade
Deixou-me alucinado
Eu imaginei tirando,
Lentamente, e gostando!
Na hora fiquei tarado.
Da gatinha imaginária
Vi a calcinha no varal
Tremulando pelo vento
Despertou meu animal
Calcinha maravilhosa
Deve esconder uma rosa
Com sua delícia carnal.