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Artigos-->O MEDO E SUA EVOLUÇÃO -- 06/11/2010 - 19:51 (Luiz Antonio Perilo Velloso) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O MEDO E SUA EVOLUÇÃO



Conceitualmente, medo é uma reação instintiva frente a uma ameaça externa. Nosso cérebro faz o registro da ameaça, processa a resposta fisiológica, através de descarga de hormônios na corrente sanguínea (adrenalina, cortisol), promovendo o aumento da freqüência dos batimentos cardíacos e o volume de sangue por batimento cardíaco, eleva o nível de açúcar no sangue, minimiza o fluxo sanguíneo nos vasos e no sistema intestinal enquanto maximiza o fluxo para os músculos e queima gordura nas células adiposas, proporcionando ao corpo a preparação para uma reação de enfrentamento ou fuga. Podemos afirmar que o medo, ao longo da evolução humana, contribuiu para a preservação da espécie.

Assim como a espécie humana, o medo e suas manifestações evoluíram durante o período. Nas “urbes”, livres da ameaças dos animais selvagens, a tecnologia e as facilidades modernas, já não precisamos nos expor aos perigos da caça, da pesca, das incursões nas matas, em busca do alimento, do abrigo das intempéries, da caminhada longa e insegura. Nosso supermercado nos abastece, nossa geladeira preserva o nosso alimento, nossos veículos nos transportam com rapidez, podemos viajar por entre continentes , etc. Dessa forma, os modernos medos estão diretamente ligados à tecnologia que nos facilita a vida. E, surgiram as máquinas, os automóveis, os aviões, as pontes, as estradas, os elevadores, os teleféricos. Do distanciamento das florestas, nos livramos das feras, mas herdamos as baratas, as lagartixas, os ratos que, furtivamente, abrigam-se em nossas casas, nossas ruas, nossas cidades.

Da mesma forma,além do medo instintivo, preservador,”adquirimos” uma nova forma de medo, o que muitos autores denominam medo mórbido, que mós preferimos denominar ede medo aprendido.Sim, a aprendizagem do medo. Como exemplo bem simples, imagine uma criança aprendendo a andar de bicicleta: Inicialmente com as rodinhas auxiliares, sente-se segura, desenvolta, imprime velocidade, ousa manobras; as rodinhas são retiradas e, naturalmente, instala-se o medo. Durante o processo, uma queda ou várias quedas são previsíveis. Se, na primeira delas algum adulto ou outra pessoa sair-lhe em socorro, protegê-la em demasia( o que é muito comum aos pais): - coitadinho,doeu? Machucou muito? Vamos colocar novamente as rodinhas! – certamente a criança estará sendo apresentada a um novo aprendizado – o aprendizado do medo.

Assim como no exemplo acima, em muitas outras situações, evitar o confronto com o medo, postergar o confronto, pela repetição, estimula o condicionamento ao medo e formam-se os monstros modernos – o automóvel ( medo de dirigir), elevadores, túneis, pontes, aviões,etc.

Etimologicamente, medo e fobia são sinônimos. Na prática clínica, entende-se por medo aquele natural, gerado pelo instinto. Fobia refere-se ao medo aprendido, adquirido ao longo de tentativas frustradas de enfrentamento. As fobias ganharam nomes específicos, claustrofobia, agorafobia e centenas de outras que , na internet você pode consultar. Mas, todas, em comum, têm origem no aprendizado do medo. Muito estudado e divulgado atualmente, o transtorno do pânico remete a um conjunto de sintomas que, igualmente, tem origem no aprendizado do medo.

Sucintamente, essa é a história do medo.



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