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Poesias-->SEUS OLHOS -- 21/12/2002 - 10:54 (BRUNO CALIL FONSECA) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
SEUS OLHOS



Gonçalves Dias



Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,

De vivo luzir,

Estrelas incertas, que as águas dormentes

Do mar vão ferir.;





Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,

Têm meiga expressão,

Mais doce que a brisa, - mais doce que o nauta

Da noite cantando, - mais doce que a frauta

Quebrando a soidão.





Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,

De vivo luzir,

São meigos infantes, gentis, engraçados

Brincando a sorrir.





São meigos infantes, brincando, saltando

Em jogo infantil,

Inquietos, travessos: - causando tormento,

Com beijos nos pagam a dor de um momento,

Com modo gentil.





Seus olhos tão meigos, tão belos, tão puros,

Assim é que são.;

Às vezes luzindo, serenos, tranqüilos,

Às vezes vulcão!





Às vezes, oh! Sim, derramam tão fraco,

Tão frouxo brilhar,

Que a mim me parece que o ar lhes falece,

E os olhos tão meigos, que o pranto emudece

Me fazem chorar.





Assim lindo infante, que dorme tranqüilo,

Desperta a chorar.;

E mudo e sisudo, cismando mil coisas,

Não pensa - a pensar.





Nas almas tão puras, da virgem, do infante,

Às vezes do céu

Cai doce harmonia duma Harpa celeste,

Um vago desejo.; e a mente se veste

De pranto co`um véu.





Quer sejam saudades, quer sejam desejos

Da pátria melhor.;

Eu amo seus olhos que choram sem causa

Um pranto sem dor.





Eu amo seus olhos tão negros, tão puros,

De vivo fulgor.;

Seus olhos que exprimem tão doce harmonia,

Que falam de amores com tanta poesia,

Com tanto pudor.





Seus olhos tão negros, tão belos, tão puros,

Assim é que são.;

Eu amo esses olhos que falam de amores

Com tanta paixão.

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