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Poesias-->Ocaso de Um Amor -- 20/12/2002 - 12:38 (Fernanda Guimarães) |
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Ocaso de Um Amor
Enredo-me entre os dedos do pretérito
As mãos descruzam-se, rompendo o silêncio
E emprestam voz às palavras
Que ecoam na concha da memória
Buscam um tempo que foi desviado do sonho
Uma paisagem que foi varrida
Pelo vento de todos os desencantos
Como se nada tivesse existido
E tudo houvesse desertado:
A harmonia, a magia, o lume dos dias
Agora sobram espaços e cansaços
No cenário habitado pela solidão
A insônia desliza sob a face da noite
Olheiras vigiam o refulgir das estrelas
Momento à momento ressoa
O tombar da eternidade sobre os rochedos
Rasgando a pele sutil da promessa infante
Mãos apartadas soçobram no mar do desencontro
Agonizando na onda silenciosa do cotidiano
© Fernanda Guimarães
Em 17.12.2002
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Fernanda Guimarães em Prosa e Verso>
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