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Cronicas-->Parte de Pai -- 31/07/2002 - 20:09 (Clarice Rosa) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Seu Juvenal e Dona Maria de Lourdes. Vovó Nanim e Vovó Lurdes para os netos. Vovó Nanim é um homem de paciência e memória irretocável, com uma postura européia de fazer inveja. Um dos poucos que ainda cozinha, faz um doce de leite com coco como ninguém, faz café, faz almoço, faz janta e o principal: fez da minha avó um ser muito melhor. Meu avó é aquele tipo de gente com alma boa, que está sempre pronto a ajudar, que nunca reclama da vida mesmo ela não estando lá grande coisa. Quando éramos crianças todos os dias antes de irmos para o colégio passávamos na casa dele, porque sabíamos que nunca sairíamos de lá sem uma bala ou um doce na mão. Seja Natal ou aniversário, podíamos esperar, que vovó sempre estaria lá com sua caixa de bombons embrulhada para presente. Como sinto falta dessas atitudes da infància. Hoje, quando chego de férias e ele está na janela me esperando com seu sorriso doce, minha vontade é sentar ao seu lado e ficar por horas ouvindo suas histórias familiares. Que de tanta precisão dos fatos, ás vezes pareço estar no dia em que meu Tio, que estava com três anos na época, ficou doente da garganta. Vovó é assim: simples de criação e nobre de coração.
Vovó Lurdes era uma mulher que estava sempre impecável. O cabelo sempre muito bem penteado, as roupas sempre lisas, bordadas e feitas por ela mesma. Com um nariz e uma postura de dar medo. Sempre educada e metida. Gostava que cada um ficasse no lugar que lhe era devido. Era funcionária do único correio, que ficava num quarto de sua casa. De uma família tradicional e respeitada no seu distrito, sempre se achara melhor do que muita gente que havia ali. Nunca soube o que era se fazer uma boa comida. Só sabia fazer bem um doce de nome Carré, que apenas tem um nome sofisticado. É uma espécie de bolo de chocolate solado com uma cobertura de açúcar, e não é que o negócio é bom!? Vovó vive num mundo paralelo. Não tem noção de dinheiro, não sabe que dia, mês e ano estamos, só faz rir e dormir! Tornou-se um ser arrependido, pedinte de desculpas ao meu avó, satisfeita com que a vida lhe traz e sempre agradecida pelos mais simples gestos. Sempre quando chego, para passar os feriados, vou logo lhe dar um beijo; e ela sempre me diz que quando eu chego a alegria vem junto comigo! Gosto muito dessa avó carinhosa e sorridente de hoje. Tento entender por que levou tanto tempo para descobrir que a felicidade estava do lado dela, e ela nem percebia. Mas nunca é tarde para ser feliz, pedir desculpas e sorrir.
Vovó é assim: nobre de criação e simples de coração!
Vovó Nanim e Vovó Lurdes são opostos que se juntaram para "se aprenderem!"!

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