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Cartas-->Carta ao Deputado José Dirceu -- 23/09/2002 - 16:15 (Félix Maier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
"Carta ao Deputado José Dirceu

Petrópolis, 18 de setembro de 2002

Prezado José Dirceu,

Recebi sua propaganda pela internet (não sei quem enviou), mas não posso votar em você de maneira alguma. Na juventude fomos companheiros de militância no Partidão, lutamos juntos contra a ditadura militar, mas nossas vidas seguiram caminhos diversos e inconciliáveis a partir do momento em que você, por ódio a uma ditadura, se tornou servidor de outra incomparavelmente mais violenta e criminosa.

Você não há de me dizer que os relatórios da Anistia Internacional sobre Cuba são mentirosos, já que, como toda a esquerda, os considerava tão válidos e significativos quando falavam do Brasil. Nem há de querer comparar as 300 vítimas da nossa ditadura com as 17.000 da ditadura cubana, e dizer que você ficou do lado melhor. Nem igualar os nossos 2.000 presos políticos aos 100.000 cubanos. Eu fiquei contra as duas ditaduras, e juro que o que escrevi contra a brasileira me trouxe menos tormentos e perseguições do que aquilo que hoje escrevo contra a cubana.

Comparados com os jornalistas petistas, os milicos eram uns anjos de tolerância e paciência. Sei que, quanto mais você e seus companheiros de militância subirem na hierarquia, mais ameaçada estará minha liberdade, mais arriscada a minha vida (recebo pilhas de ameaças de morte, e não faço disso um milésimo do alarde que o Aloysio Mercadante fez ao receber umazinha só).

Mas não faz mal: uma vida a mais ou a menos pouco importa a pessoas cuja mais alta ocupação na vida é encobrir de uma aura de nobreza a atividade dos narcoguerrilheiros colombianos. Você sabe perfeitamente que o que estou dizendo é verdade, mas sua vida já tomou um rumo tão definido, que você já não pode voltar atrás movido por um fator tão irrisório quanto um escrúpulo de consciência.

Sabe? Você foi o único agente do serviço secreto cubano que, um dia, disse adeusinho ao cargo e voltou para casa, como se largasse um banal emprego público de servente ou de marajá. Nunca, em oitenta anos de comunismo, alguém conseguiu sair do serviço secreto de algum país comunista sem ser pela via da aposentadoria vigiada, da deserção ou da morte. Você foi o primeiro, e tem uma dívida para com o país: contar como conseguiu desligar-se do indesligável. Ou será que não se desligou tanto assim? Ao menos enquanto eu não tirar essa dúvida, não poderei votar em você e acho mesmo que ninguém deveria fazê-lo.

Já pensou o que vocês do PT fariam com a reputação de um candidato se descobrissem uma velha ou nova ligação dele com a CIA? Pois acho que o mesmo deve se fazer com alguém que foi ou é ligado ao serviço secreto cubano. Portanto, o único voto que posso lhe dar é um voto de felicidade, porque pessoalmente nada tenho contra você e não lhe quero mal.

Com meus melhores votos (no sentido nada eleitoral do termo),

Olavo de Carvalho"

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É por isso que eu digo e repito: nada de votar em Zé Dirceu, nada de votar em Lula-laite: sem intermediários, Fidel prá presidente!



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