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Poesias-->Viaduto -- 17/12/2002 - 08:57 ( Alberto Amoêdo) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quando descobri o sentimento...

Há muito que não confidenciava a alma.

Com o tempo fui te querendo, sabendo, inevitando...

Ignorando, ignorando o dia em que, o sonho e a cidade iriam se encontrar.

Amanhecia como hoje. E o amor que inventamos vencia.; paulatinamente crescia, crescia...

Foi dezembro, março... Anos, até que extrapolou ao controle.; formou horizonte. E agora na sombra do quarto, a meia luz, na cabeçeira do leito, sob um som deserto que estava de mãos dadas com a paz, com as almas, o encanto e os corpos a produzirem suor... Um desejo louco, enfim formalizou o gozo do prazer.

Um querer, um descontrole.

Em segredo nas horas, nos encontrávamos, nos amavamos esquecendo que um mundo existia... O veneno e as leis, que em silêncio se desenvolviam e aos poucos consumiam, consumiam e consumiam.

Quando nos vimos em frente ao semáfaro, paramos, assistimos, assistimos o tempo na cercania acelerar as luzes incadesncentes do posteamento e uma multidão perdida correr, correr.

De súbito, a chuva caía, parecia lavar os pés do chão, enquanto, por detrás dos edifícios empoeirados, nascia, nascia, entre a fumaça das chaminés e a descalça desgraça do povo, e um certo lodo... A lua, tão maviosa a sensibilizar, a sensibilizar... Àquela hora, que num segundo, fez você confessar a dor, injusta dor, que pungente sofria, sofria de um pecado ou covardia.

De repente bradaste... Agonia, tristeza,tristeza, agonia em puro verso de lágrimas, quando a rua escurecia, escurecia.

A dor que te paria, fez você descer do destino e seguir insana, insana e sem rumo.

Acreditando que o nosso sentimento era heresia.

Na chuva te procurei, gritei o teu nome, gritei, mas você calada não respondia.

Num total desconcerto, olhava em volta e não via nada. Olhava em tudo e lá de cima via vultos, pontos luminosos, prantos e a chuva que descia, entre perdas e danos, parecia adeus naquele fim do dia.

A estrada, o trânsito, os carros gritando, a minha vista turva e a minha cabeça que doía... Àquele nó na garganta que arrastava sem dó a minha alma quieta. Que clamava liberdade nas próximas horas.

Confuso, mas ainda esperançoso repetia o teu nome, repetia o teu nome.

Foi aí que ví na virtude de um louco, sob pêsames de frustração, pelo amor esvaído,o conforto fúnebre, no colo da morte, benzido pela sorte que a chuva e aluz escura ditavam.

Quando me identifiquei nas alturas daquele retrocesso, nem meu rosto sorria. E há três noites que não existia...

Era uma saudade vôraz a me consumir as entranhas, a consumir-me as entranhas, as entranhas...

Olhei-me na poça de lama e nela vi o meu rosto totalmente triste. Tentei mentir, quando sorri, tentei fugir... E quando resolvi, o peito sofrido, sem jeito apresentou o amor que aprendi contigo, e do qual insistes em fugir, fugir...

Velando a madrugada algo persiste e vive em fazer viver, em querer viver, o nosso amor reinvocado.







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