COBRANÇA
Apenas te perguntei e tu me dizes
Que te cobro.
Não te cobro nada, apenas quero saber de ti.
Pois a freqüente e contínua mensagem enviada
Uma nova vida em mim despertou.
Pouco falas e pouco ainda me perguntas, e nesta alienada trilha
Nada tens para me cobrar.
Teu tempo esvai-se e de mim nada queres.
Desilusão de encontro?
Ilusão perdida?
Como esquecer a sensação deixada?
Na fuga inesperada, o som de tua voz eco deixou .
Tuas mãos nas minhas, toque rápido e eletrizante,
Dentro de mim, com intenso calor, inflamou
A chama adormecida de uma vida .
E ainda agora
Espero tua resposta, sem cobrança alguma.
Carmen G. Scherer
Santa Cruz do Sul, 29 de julho de 2000.
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