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Poesias-->48.O DIA -- 13/12/2002 - 08:41 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


I



No auxílio a quem morre suicida,

O amor há de contar como primeiro,

Que, à morte, o sofrimento vem inteiro,

Na sensação da perda de uma vida.



Se o amigo aí nos vem dizer: — “Requeiro

Que tragam provas disso” —, pois duvida,

Prepare-se que é certa a sua lida,

No socorro a algum triste companheiro.



Quem chega lá nas trevas sem preparo,

Vai ver que o sentimento custou caro,

Nas vibrações terríveis do tormento.



São poucos, entretanto, que ali vão,

Deixando que se envolva o coração,

Porquanto os protetores dão alento.









II



A perda de uma vida é dura queda,

Ofensa das maiores, feio crime.

É como desejar verso que rime,

Enquanto a mente os sons ainda veda.



Para encontrar um bem muito sublime,

A um pobre coração que o mal enreda,

Há de saber-se que tal alma azeda,

Não aceitando nada que a reanime.



Aí, orar vai ser santo remédio,

Até que se desfaça o negro tédio

Do sofrimento consciencial profundo.



É que os liames que se desfizeram,

Ao se ligarem outra vez, mais geram

Acusações perante Deus e o mundo.









III



Assume compromissos socorristas

Quem tenha n alma bem maior conforto.

Disse Jesus para enterrar o morto

Os outros mortos mais materialistas.



Ao destravar a nave desse porto,

Conduzirá do bem todas as listas.

Mas, se souberem como tu hesitas,

Em terra, hás de ficar, triste, absorto.



Preso à carcaça, lá no cemitério,

Fica quem deu um fim à própria vida,

Sem resolver o fio do vil mistério.



Quando se sabe que a melhor saída

É o sofrimento que se leva a sério,

Não há pensar que é bom ser suicida.









IV



Se Jesus Cristo desse a todo o mundo

Compreensão total de cada vida,

Veria cada qual um suicida,

Que poucos não caíram lá no fundo.



Porém, a lei prescreve uma outra lida

A quem se sente n alma tão imundo.;

E dá-lhe um protetor, mas, num segundo,

A trabalheira toda está perdida.



Por isso, o sofrimento é muito intenso

E a dor perdura um tempo quase infindo,

Até que o pobre diz, um dia: — “Eu venço



Que este sufoco embora já está indo!”

Mas quando o coração está distenso,

Renasce aí na Terra um bebê lindo.



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