MALDADE
Eu conheço o teu péssimo desejo,
mas não sei a razão de ser assim,
eu, que somente para ti almejo
venturas mil num paraíso, enfim.
Felicidade e paz qual doce beijo
como quiseras ter até o fim,
e muito amor na tua vida eu vejo
como se desejasses para mim.
Pois, eu quero colher, na realidade,
o que plantei na minha mocidade,
no silêncio da minha inspiração.;
porquanto, neste mundo tão ingrato,
nada ficou daquele nosso “trato,”
levaste até meu pobre coração!
Filemon F. Martins
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