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Artigos-->Marina Silva e o Brasil no plano do Real -- 30/08/2010 - 23:33 (Carlos Frederico Pereira da Silva Gama) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
http://www.youtube.com/watch?v=8_yEqk8ITnU&feature=related



De chorar...O que fizemos com isso tudo depois? Meu Deus...Tivemos a chance.



Tudo muda.



Hoje é o avesso do avesso do avesso.



Marina é uma fração disso, tem a chama, mas está sozinha.



***



Esse momento de 1989 não foi só o PT, é o PV, o PDT, o PSDB...



Houve uma grande agregação política.



Vários rios confluíram para lá, Lula.



Por um momento vários diferentes queriam a mesma coisa, de um jeito que acomodava todos. Era um belo ajuntamento de plurais. Eram vários Lulas, em vários dós, rés, mis, lás. E fazia sentido, esse Lula era dos artistas, era dos trabalhadores, era dos professores, era de muita coisas e dava para confiar na soma.



Hoje tem que comprar no varejo, um por um, e a soma não fecha. As imagens são agregados de outras coisas. Não de pessoas cantando, com felicidade, "LULA-LÁ". E a confiança é fiada nos números. Na comparação com os números do outro numerólogo, FHC.



Hoje são tratores.



Paisagens.



Navios.



Bandeiras.



Máquinas.



Estatísticas.



Concreto.



E aparece Lula de terno, já mudado, e feliz com a mudança que ele viveu. Falando em off. Não é povo cantando Lula, nem artistas cantando Lula, nem nada cantando nada, é Lula falando baixinho, para não incomodar os seus apoiadores que nem todos sabem quem são, não aparecem na TV, os partidos não tem pudores nem orgulho de mostrar suas alianças, quando as carregam.



Mas ele parece só. E ao invés de falar vamos lá, ele vai dizendo, de mansinho, votem na Dilma.



Por que, presidente? Não vemos Dilma fazer como você fez e nos enlevar. Não sabemos quem é essa senhora, e se soubéssemos talvez a respeitássemos mais, quem sabe até simpatizar.



Dilma, tão mal-ajambrada em ternos e facelifting. Com suas máquinas maravilhosas. Estatísticas. Farofas de números, imagens computadorizadas, gráficos, com bonequinhos sem rosto, como ela.



Mero adereço no edifício do marketing, Dilma, perdida, atrapalha. Lula pede. Faça por mim. Lula-lá não pedia, ia junto.



Lula-lá governava corações, vários vermelhos, outros de outras cores. Governava esperanças.



Por decurso de prazo, Lula-lá não governou. Depois do anti-Lula, veio Itamar e Itamar trouxe ao mundo FHC.



Lula a cada eleição usava uma peça de vestuário mais parecida com FHC. A cada derrota no primeiro turno era seguida pelo aumento do traje.



Começou com o despojamento dos que pouco têm a esconder, a gana de chegar lá, as alianças estendendo as mãos.



Terminou de terno, fechado em copas. Bote fé e vote Lula, o hermetismo dos que escondem segredos inenarráveis.



Ganhou. Aí que não tira mesmo.



Lula-lá virou o herdeiro de FHC, não da esperança...O herdeiro do Plano Real, que tão bem soube cuidar.



O Real se tornou uma vaca sagrada, ao invés da pedra angular de um Brasil melhor.



Bote fé e caia na real.



Terá o medo de ir além vencido?



***



Só Marina quer mudar, daí o estranhamento com as propagandas de Marina.



Não tem terno, nem facelifting, nem pessoas virtuais ou reais imitando Marina, macaqueando seus trejeitos brejeiros.



Se Marina não for capaz de ajuntar, agregar, como Lula em 1989...De que valeria vencer por inércia?



Seria a continuação da fruição interrompida de 1994-2006. Do império dos números. De manter o Real por ser sagrado. De manter o curso por medo de qualquer intempérie.



Dilma está usando a mesma roupa de Lula...Remendos e arremedos de FHC.



Dilma "Doris Giesse", tudo "ráitéqui", uma boneca cibernética.



Deu certo em 1994, 1998...2002...2006...



Por que mudar? Preferência nacional.



Marina precisaria granjear no varejo seus apoios para governar.



Estou apostando, ainda, que Marina pode se fazer a esperança.



A oposição mergulha na desesperança. Os eleitores estão confusos. Nessa hora as máquinas falam melhor que o coração.



Marina tem que polarizar. Lula nunca chegou lá se aliando a Collor.



Só depois de já estar lá e degenerar. Não havia meios-termos. A fronteira era clara. Lula versus o caçador de maracujá.



Marina tem que mostrar que é maior do que o PV, assim como Lula se tornou muito, muito muito maior que o PT em 1989, empatando com o bloco do medo.



Hoje Dilma é uma caricatura colorida.



Marina tem que crescer para todos os lados, se não quiser ser ocultada pela farofa de números, sentimentalismo calculado de marketing. Tem que polarizar e agregar.



Se Marina quiser ser a substituta de Serra na disputa atual, como diria Armando Nogueira, vai perder o hoje. Será um arremedo de oposição por oposição.



E pior, já teria se perdido para o futuro. Terá deixado de ser a possível herdeira, ou de ir muito além, do Lula-lá.



Vamos ganhar o futuro, Marina.
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