HAICAIS
FILEMON F. MARTINS
A lua me acena
em noite de inspiração
com luz e poesia.
A brisa que passa
e acaricia o meu rosto
me lembra você.
A árvore amiga
é um presente de Deus
à ingrata criatura.
A noite de estrelas
traz luz e felicidade
aos olhos humanos.
Lua cheia, esplêndida,
a bailar na imensidão,
é graça e magia.
Árvore frondosa,
portadora de ventura,
é lugar de paz.
Há cheiro de chuva
e o Sertão está molhado,
sinal de fartura.
Sabiás cantando
nos galhos das laranjeiras,
e a saudade dói.
Não desejo a glória
que o poder acena e traz,
porque sou poeta.
Não guardo segredos
grandes, médios ou pequenos,
sou um livro aberto.
A tarde gostosa
traz a carícia da brisa,
e beijos também.
Não quero saber
dos teus erros e deslizes,
- são todos banais.
Choveu no Sertão
e enquanto a Natura chora,
o povo sorri.
Chega a noite. A lua
saudando a minha poesia
desponta no céu.
A tarde desmaia
e a noite estende seus braços
colorindo o céu.
Madrugada fria,
lá fora o sereno cai,
mas você me aquece.
A noite em silêncio
traz mimos aos corações
dos apaixonados.
Juritis arrulham
nos grotões e nas chapadas
do nosso Sertão.
Nesta tarde quente,
nuvens negras, ventos fortes,
é temporal certo.
Noite esplendorosa,
perfume de murta no ar,
prenúncio de amor.
Pertenço ao Universo,
habito o PLANETA TERRA,
cidade: São Paulo.
Dia belo, esplêndido,
segundo Domingo. Maio,
meus parabéns, Mãe.
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