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Artigos-->O PROTESTO DA NATUREZA -- 18/08/2010 - 11:11 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O PROTESTO DA NATUREZA



A natureza, através de seus meios de manifestação, protesta com veemência contra o homem e a favor do homem. Tive esta sensação quando assistia pela TV, os moradores de várias ruas na capital paulista jogarem no leito carroçável da rua seus móveis, tais como: camas, colchões, receptores de tv recém adquiridos a duras penas, berços, guarda-roupas, geladeiras, estantes, livros e tudo que fosse inútil pela deterioração com a presença de águas enlameadas, ou saídas dos esgotos à céu aberto em razão dos temporais cada dia mais violentos. Algumas lágrimas ficam impossíveis de serem retidas ao descerem pelo meu rosto. Sim, porque todos nós temos a possibilidades de se colocar no lugar daquelas pessoas. Hoje são elas, amanhã poderá ser nosoutros.



A natureza não respeita comezinhos. É ativa e pró-ativa e está sempre em movimento. Tais chuvas ainda são bênçãos no Brasil, muito diferente dos tufões, dos furacões, dos terremotos, maremotos e tsumanis ocorrendo regularmente pelo planeta em áreas densamente povoadas, matando assim milhares de pessoas. O planeta ruge apesar de não ouvirmos nada em nossa surdez disfarçada. Um vulcão pode surgir no chão de nossa casa e aí sim acreditaremos por alguns segundos na manifestação divina. Cada pessoa que sobreviva a uma hecatombe terá a partir daquele momento muito mais fé. Fé em tudo, até em Deus se não possuía anteriormente.



A natureza não se vinga, apenas protesta e este protesto serve muitas vezes para sacudir nossos políticos bons e maus. Os bons nada fazem para justificar o cargo que ocupa; os maus são os ladrões em alta escala.



Isto explica as condições terríveis de vida da população pobre manipulada pelo Estado. “Ser pobre no Brasil é ser ninguém. / É ser trambolho que se evita e afasta, / Lei que o proteja logo se desgasta, / Na má vontade dos que tudo tem./ Até lhe dão a pecha de uma casta / Humana inferior e vil a quem / Falta a cultura, falta todo bem, / Por força de uma sina assaz madrasta. / Por qualquer erro o pobre é logo preso, / Cumpre sentenças longas sofre o peso / De uma justiça oriental de xátria. / Porém, pobre é povo, é maioria, / Se algum dia houver democracia, / Teremos nele a salvação da Pátria”. Estes versos são de meu pai Alberto de Deus Nunes e foram escritos na década de 40 do século passado. É um soneto mostrando o perfil do pobre na sociedade brasileira hipócrita daqueles tempos e de hoje também.



Esta verdade é fácil de ser percebida, quando os diversos governantes brasileiros fingem cuidar dos pobres, ou seja, mentem com um paternalismo fora de moda e deixa o pobre morrer à míngua; já no nazismo não fingia nada e havia sinceridade quando tratavam na paulada os judeus e os pobres. Pelo menos Hitler era mais honesto dos que os políticos brasileiros.



A natureza não alcançou ainda as casas fortificadas dos ricos, enquanto destrói a casa e a vida dos pobres. Mas, acredito que irá, mas cedo ou mais tarde, chegar lá, porque o rico tem muitas coisas para pagar e também muitas para perder, quando o pobre já perdeu tudo, até a vida. A natureza não se vinga, apenas protesta, avisa e ensina ao brasileiro pobre como protestar, mesmo porque até hoje neste país o pobre bancou o gatinho bonzinho, mas poderá metamorfosear-se numa entidade apocalíptica e ocorrer um gigantesco acontecimento semelhante à Rússia em outubro de 1917. Aquela revolução, embora tenha durado mais de 70 anos, mudou totalmente a maneira de interpretar a cidadania e fez com que o mundo progredisse a olhos vistos, em razão principalmente da concorrência entre dois mundos com sistemas de governos contrários: EUA e URSS. Daí em diante o pobre deixou de ser trambolho e sim gente, como verdadeiramente é.



No Brasil o governo dá continuidade aos desmandos e a exploração principalmente do pobre, esquecendo-se de que o pobre também é gente. Até hoje trata os pobres como se fossem prisioneiros num país repleto de políticos farsantes, de impostos exorbitantes, sem socorro médico, sem salário adequado, sem educação pujante e com uma criminalidade crescente em razão principalmente de uma impunidade crônica, deixando o homem honesto cada vez mais envergonhado de sua honestidade, visto que por qualquer erro o pobre é logo preso, cumpre sentenças longas num país que está mais para ser uma província oriental de Xátria, se é que tem alguém aí que saiba o que é “xátria”. Xátria eram países semelhantes a um país chamado “Pérsia”, cujo governo era através de reinados chamados de Xás.



Uma revolução sangrenta transformou aquele país no Irã que hoje conhecemos, tão pior quanto uma retrógrada Xátria dos tempos em que o cão era menino e isto podemos dizer também que é o Brasil de hoje. Este Brasil não é igual ao Irã, mas é um país essencialmente de ladrões de todos o tipos. Os honestos são as vítimas passivas, já que não podem reagir. O governo arrancou as armas da população pacífica para doar aos bandidos. Somos atualmente uma espécie de novos judeus sendo exterminados nas mãos de cruéis bandidos.



Jeovah de Moura Nunes

escritor e jornalista, Autor do livro “Memórias de um camelô” entre outros livros.





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