Sobre os Arcos da Lapa o bonde passa
lembrando de um passado já distante
em que foi o transporte mais constante
de urbanos centros, conduzindo a massa.
O operário, o mestre, o estudante
o tomava no ponto de uma praça,
e, não tendo catraca nem fumaça
levava-os limpos a lugar distante.
O trajeto tão próprio de um passeio,
não importando o dia da semana,
era impossível para o passageiro
não contemplar a rua em devaneio,
e, sem chegar até Copacabana,
já se encantar do Rio de Janeiro. |