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Artigos-->A TROVA -- 03/02/2002 - 14:36 (Geraldo Lyra) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A trova e o soneto tiveram origem aí pelo Sec. XII, embora já no Sec, XI fossem chamados trovadores poetas da Idade Média ambulantes que compunham poemas ao som dos instrumentos musicais(como os de Provença).Assim, a trova é anterior ao soneto, surgido, realmente, no Sec. XII, na Cecília, com Giácomo da Lenttini(e, posteriormente, aperfeiçoado por Petrarca e Dante). A trova, mais popular, não se sabe nomes dos mais antigos cultores. Hoje a definimos como um pequeno poema de forma fixa, composto de quatro versos de sete sílabas, rimando o primeiro com o terceiro e o segundo com o quarto(rimas "abab"), tendo sentido completo. Há trovas com a disposição das rimas " abba" (rimando o primeiro com o quarto e o segundo com o terceiro) e com rimas "abcb" (só rimando o segundo com o quarto verso).Estas são as formas mais comuns ou usuais, embora exista quem considere trova , composição com rimas " aabb" e até " aaaa" (o saudoso Aparício Fernandes colocou em um dos seus livros sobre o assunto, exemplo de " trovas" que chamaria de curiosas.Mas, fiquemos nos três exemplos mais comuns: " A sorte, nós bem sabemos, / é tal qual uma mulher / que, quer quando não queremos; / quando queremos, não quer." (trova anônima do tipo " abab", com a figura da antítese nos dois últimos versos); "A campear nas coxilhas, /garboso o nobre gaúcho, / sem pretensões e sem luxo, / leva ao curral as novilhas."("abba", de minha autoria, em homenagem a Getúlio Vargas,inspirada em fotografia publicada na antiga Revista O Cruzeiro); e, por fim, " Sino, coração da aldeia; / coração, sino da gente: / um, a sentir quando bate; / outro, a bater quando sente.", do poeta português António Correia de Oliveira, do tipo " abcb". Como sabemos, a trova pode ser erudita como esta de Adelmar Tavares: " A nossa alma é uma criança / que nunca sabe o que faz: / - quer tudo o que não alcança; / quando alcança, não quer mais." e popular como : "Ciranda, cirandinha, / vamos todos cirandar, / vamos dar a meia volta, / volta e meia vamos dar." ou " Atirei um limão n´água, / de pesado foi ao fundo, / e os peixinhos responderam: / viva Dom Pedro Segundo!" Quem quiser se familiarizar mais com o gênero, sugeriria, " data venia" (rs), a leitura de MEUS IRMÃOS, OS TROVADORES e o Decálogo de Metrificação, de Luiz Otávio; e as publicações que foram feitas, anos seguidos, por Aparício Fernandes, outro grande trovador e divulgador da trova no Brasil.
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