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Poesias-->Confessa-te -- 08/12/2002 - 23:19 (Fernanda Guimarães) |
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Confessa-te
Entre o desatar das mãos
E o emudecer da confissão
Do que me habita o peito
Um interstício de razão
Como se possível fosse
Rasurar a ânsia do sentir
Ignorando a voz que acalenta
A saudade que te chama
Ah, não me apequeno
Nem amanso os meus rios
Quando correm em deságüe
Não fujo ao lume
Tampouco ao tormento
Mesmo na obscuridade
Não me afasto do sol
Não me deixo silenciar
Quando o coração prova
Deste amor que se despe
Fazendo do meu verso stripper
Sei que temes o desnudar desta doçura
Quando te falo, o que não descobres
Teu destino é partir sempre
Quando o comboio da minha ternura
Alcança as gares da tua solidão
Desaprende das tuas camuflagens
E nem que seja somente uma vez
Grita-me este amor, doce segredo
Não me importa a sensatez
Nem quaisquer dos teus medos
Sei que em teus olhos negros
De matizes adormecidos
Vibra o meu olhar de arco-íris
Tons do meu cenário já traçado
Colorido pelo teu silêncio
Que mais ainda me revela em ti.
© Fernanda Guimarães
Em 08.12.2002
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