Danié, as hemorroida,
Dizem, si fô di butão
Dói muito mais qui o cão,
Chega a atrazá a vida,
Porém em contrapartida
Num afeta o cabra hôme
Pois o fruto quêle come
Num ocupa o fugarêro,
Se o vergalho tá intero
O seu probrema si some.
Mais se a dô que o consome
É firimento na língua,
Pode inté morre a mingua,
Pruqui o tezão si some.
Dispois de cinqüenta o Hôme
Mêrmo sendo quiném tu,
cabra macho, gênio cru,
O tezão muda de canto
Porém só li causa espanto,
Si si mudá para o cú.
Ai engroça o angú,
É mió usá quiabo,
Pruqui cenôra ô nabo
Deve duê pra chuchu,
De Caucaia ô de Exu,
Reze pra passa prá língua,
Tome “benzeta” Qui a íngua
Vai simbora duma veiz
Pode passá fome um meiz,
Mais num vai morrê a míngua.
Ti cuida meu fí, prá num vim prêsse lado, aqui num tem nada,...
Limêrinha do Tauá, preto azulado qui já morrêu, mais num tem inveja de quem tá vivo.