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Cordel-->Discursar, é preciso. Governar, não é preciso. -- 25/06/2003 - 23:50 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Discursar, é Preciso. Governar, Não É Preciso
(por Domingos Oliveira Medeiros)


Para ser bom presidente
Bem votado na eleição
Basta um pouco de carisma
E uma boa divulgação
Não precisa ter dinheiro
Basta ser sempre o primeiro
Na pesquisa de opinião

Seguir à risca o projeto
Mudar seu comportamento
Andar muito bem vestido
Evitar enfrentamento
Calçados sobre medida
Fala mansa e decidida
E prestar o juramento

Que, se acaso eleito,
Cumprirá todo contrato
Deixar sempre um sorriso
Modificar seu retrato
Mostrar autoconfiança
Apostar na esperança
Um estadista de fato

Conquistar muitos amigos
Perdoar os ofendidos
Ampliar as alianças
Agradar desiludidos
Praticar a tolerância
Respeitar a militância
Aguçar os seus sentidos

Evitar qualquer debate
Falar pouco de improviso
Ser um pouco engraçado
Muito riso e pouco siso
Não dizer coisa com nada
Ter a meta planejada
E um discurso conciso

Depois que assumir o cargo
Continuar prometendo
Resolver tudo a contento
Dizer que já está fazendo
Está tudo planejado
Dentro do negociado
Alguma coisa revendo

E quando alguém reclamar
Do tempo que está passando
E que não está vendo nada
Do que se vai programando
Basta pedir paciência
Apelar pra consciência
De quem vive reclamando

Aí entra o estadista
Bom e fiel companheiro
Mostrando conhecimentos
De médico e engenheiro
De medicina neo-natal
E de engenheiro florestal
Ou mesmo de jardineiro

Pede calma e pouca pressa
Pois até o pé de feijão
Leva três meses pra colher
Depois de sua plantação
E a barriga de criança
Só começa a encher a pança
Com nove de gestação

E trocar logo de assunto
Quando aumentar a pressão
Que está copiando o Fernando
A quem fazia oposição
Dizendo que no passado
Estava do lado errado
E que mudou de opinião



Juntou-se aos desafetos
Deu o braço a burguesia
Trocou amigos diletos
Faz tudo que não fazia
Viaja por todo o mundo
Ajoelha-se para o Fundo
Banqueiro tem primazia

Faz o jogo do agiota
Pede dinheiro emprestado
E culpa os inativos
Pelo rombo encontrado
Na Previdência falida
E a todos intimida
Se o projeto for mudado

Ameaça companheiro
Que tem outra opinião
Todos eles obrigados
A se unir na votação
Exemplo de liberdade
Imposta, é bem verdade
Com promessa de expulsão

Parece que o bom moço
Empolgou-se de repente
Fala mal do Judiciário
Do Legislativo ausente
Deu até pra blasfemar
O santo nome tomar
Pra impressionar a gente

Disse que tudo fará
Que só Deus impediria
Das reformas aprovar
Quebrando a soberania
Nem o Congresso Nacional
Nem a Justiça, afinal
Atrapalhar, poderia

Ser presidente é moleza
Governar, não é preciso
Basta ler muito discurso
Evitando o improviso
Agradar quem tem dinheiro
Desprezar o companheiro
Muito riso e pouco siso

LULA, se Deus, realmente, for brasileiro, conforme diz a voz do povo, que Ele me perdoe, mas não acredito que o Pai, que é bom, justo e misericordioso, irá concordar com a reforma da Previdência, nos termos como o governo pretende aprová-la. Seria um pecado mortal. Além da manifesta inocuidade e inconstitucionalidade de que se reveste a medida. Essa matéria, nem Pôncio Pilatos, se deputado fosse, lavaria as mãos.































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