Amanhecia mais um dia.
A monotonia e o tédio da vida cotidiana tomam conta de nós.
A agressividade e a pressa urbana vêm à tona
E nos transformam em homens-máquina.
Homens sem paz, sem paciência, sem compreensão, sem amor.
E nem mesmo o mais forte sentimento de carinho.
Sobrevive a essa luta cruel, diária,
Que nos castiga e nos cospe,
Destilando o mais puro veneno.
Veneno fatal,
Macabramente injetado no coração das crianças,
Dos nossos próprios lares.
Assim é a vida de hoje.
O inferno terrestre e global,
Num ciclo contagioso e sem fim.
Para onde vão a paz, a paciência, a compreensão e o amor?
Eles não vão.
Eles ficam em casa,
No mais promíscuo compló,
Aguardando o arlequinal momento
Do grande genocídio. |