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Poesias-->Morte aos Homens -- 07/12/2002 - 04:17 (Luiz Alberto de Andrade) |
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Morte aos homens
Às vezes eu fico pensando.;
Como nós somos infelizes.;
Nascemos em uma época.;
Em que tudo está em decadência.;
Como somos infelizes.;
Nascemos em um morto.;
Assassinado pela tecnologia.;
Nascemos para uma vida morta.;
Uma vida de sofrimento.;
Uma vida assim padronizada.;
Pelas grandiosas invenções.;
Dos fantásticos gênios.;
Que ao invés de inventar a vida e a beleza.;
Trouxeram a morte e a feiúra.;
Aleijaram o mundo e são chamados de heróis.;
São lembrados com orgulho.;
Que todos sofram muito.;
Que todos queimem no fogo infernal.;
Que todos sejam excruciados pelo gelo.;
Que sofram e sofram.;
Até perecerem, até sentirem a dor que o mundo sentiu.;
Até o mundo não ter mais homens.;
Para que o mundo nasça novamente.;
E viva sua vida viva, sem ser maltratado.;
Sem ser banhado de sangue.;
Que o mundo seja esbelto e feliz.;
Que o mundo tenha vida.;
Que o mundo contenha vida.;
Que não existam mais homens.;
Que o mundo seja livre.;
E que mingúem mais sofra.;
Que os animais sejam livres.;
Que não tenham de trabalhar.;
Pois o trabalho nunca existiu.;
Foi criado pelo homem inutilmente.;
Assim como o dinheiro e as riquezas.;
Que o mundo se encha de d’água e seja lavado.;
Que o mundo se encha de fogo e seja purificado.;
Que as pragas morram.;
E que a maior delas nunca mais volte.;
Morte aos homens, morte.
Tristan Flyand
(24/11/02)
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