A Lei Maior do País
(por Domingos Oliveira Medeiros)
Em: 22 de Junho de 2003-06
A propósito do cordel do companheiro Almir, que sempre aceita qualquer desafio; e aborda, com rara maestria, todos os temas: sugeridos ou não.
Agradeço ao Alves Filho
Por seu filho ter nascido
Competente e fadado
Ao direito adquirido
De ser um grande poeta
Sua rima é completa
Seu saber reconhecido
Toda a expectativa
No meu entender superou
Ao abordar este tema
Que de pronto ele aceitou
Rimando com maestria
Conhecimento e magia
Dos fatos que ponderou
Acerca do Texto Maior
Tudo muito bem cumprido
Seguiu à risca o compasso
Não se fez de iludido
Falou do constrangimento
Da falta de cumprimento
Do direito adquirido
Dos direitos e deveres
Insertos naquele Texto
Preceitos que não se ferem
Seja qual for o contexto
Garantias consagradas
Votadas e promulgadas
Imune a qualquer pretexto
A começar pela vida
Igualdade e liberdade
Garantia aos brasileiros
Direito à propriedade
Para homens e mulheres
Garfo, faca e talheres
Direito à privacidade
A casa é inviolável
Tal qual a correspondência
E também é intocável
E livre a consciência
Direito de ir e vir
Direito de se sentir
Sem medo da violência
Hospitais, boa saúde
Escolas de qualidade
Emprego e boa renda
Lazer e felicidade
Fim do crime organizado
E do dinheiro emprestado
E de toda impunidade
E aqui termino essa fala
Espero ter conseguido
Prestar singela homenagem
A quem de fato é devido
Ao Almir o companheiro
O defensor verdadeiro
Do direito adquirido
Pela sua inteligência
Do tema desenvolvido
Não gaguejou um minuto
Foi claro e bem entendido
Mostrou sua frustração
Pela Constituição
Ter preceito preterido
Assim concluiu o Almir
“Malferida – foi sangrada”
“A Lei Maior do país”
É verdade, retalhada
“Seu texto subvertido”
“E já não tem mais sentido”
A eleição deu em nada
Mas resta a esperança
Pois nem tudo está perdido
Enquanto houver um poeta
Com o tema envolvido
Prevalece a assertiva
“Ou é só expectativa
Ou direito adquirido”
Que no caso é notório
Não precisa advogado
Quem taxar o inativo
O direito foi manchado
Perde a briga no Supremo
Desse medo eu não tremo
O direito é sagrado
E o governo, mais uma vez
Vai ficar encabulado
De insistir numa cobrança
Que terá um resultado
Com juros e a correção
Cabendo a indenização
Do que tomou emprestado