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Cartas-->Relembranças -- 14/09/2002 - 19:54 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Relembranças
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Já fui moço e compulsivo
Já gozei a mocidade
Já estou prá lá de cem
Sem ter medo da verdade
Já cansei de tanta farra
Já fiz muita algazarra
Já gastei muito vintém

Já fumei cem mil carteiras
Já sujei muito o pulmão
Morei um tempo em bordel
Bebi cachaça com mel
Fui casado e amancebado
Fiquei junto e separado
Tudo fora do papel

Já passei à noite em claro
Dançando em gafieira
Samba-canção e bolero
Agarrado a noite inteira
Na cintura da mulata
Já fiz muita serenata
E também muita besteira

Já brinquei cem carnavais
Dancei frevo e maracatu
Já me vesti de palhaço
De macaco e canguru
Já cheirei lança-perfume
Fiquei bêbado de ciúme
Cheguei até a ficar nu

Já joguei conversa fora
Já fui preso e condenado
Por estar incomodando
Fui parar no delegado
Beijei a mulher errada
Numa festa dei mancada
Acabei trancafiado

Já toquei meu violão
Já fiz versos e canções
Já fiz juras de amor
Já conquistei corações
Hoje vivo sossegado
Acabei sendo fisgado
Foram tantas emoções

Assim ouvia a canção
Quando olhei para o lado
Vi aquela moça bela
E fiquei enamorado
Não por falta de aviso
Mais por falta de juízo
Eu fiquei abobalhado

Assim juntamos os trapos
Dividindo a mesma cama
Acabaram-se as serestas
De todo final de semana
E o tempo foi passando
Deixei de ficar sonhando
Agora ninguém me engana

Não bebo qualquer bebida
Fiquei muito mais seleto
Parei de fumar de repente
Já tenho filhos e neto
E contas para pagar
Que não posso atrasar
Sou um cidadão correto

Hoje vivo recordando
O tempo que foi embora
Caçando rolinha no mato
Lembrando a gente chora
Pulando o muro da escola
Só prá pegar uma bola
Coisa rápida, sem demora

Rodando pião e brincando
Soltando pipa na mão
Jogando bola de gude
Roubando manga e limão
Chupando água do coco
Batendo e levando o troco
A vida sem preocupação

Caçando rã no seu ninho
Pegando cobra na mão
Arriscando a própria vida
Andando na contramão
Era ousado e impossível
Na corrida era imbatível
Sem cansar o coração

Meu hoje agora difere
Daquele tempo saudoso
A idade foi chegando
Fui ficando mais manhoso
Mais carente e acanhado
Com dores por todo lado
E também menos fogoso

Mas muita coisa melhorou
Fiquei mais experiente
Meus amigos eu escolho
Passei a ser exigente
Amor com mais qualidade
E me casei com a verdade
Com ela eu sigo em frente

Agora repasso e ensino
Com fé e muito fervor
Do jeito que diz o ditado
Vou ensinar ao senhor
Faça somente o que eu digo
Deixe o que eu faço comigo
Seja feliz por favor

Domingos Oliveira Medeiros
07 de setembro de 2002 Relembranças
(por Domingos Oliveira Medeiros)

Já fui moço e compulsivo
Já gozei a mocidade
Já estou prá lá de cem
Sem ter medo da verdade
Já cansei de tanta farra
Já fiz muita algazarra
Já gastei muito vintém

Já fumei cem mil carteiras
Já sujei muito o pulmão
Morei um tempo em bordel
Bebi cachaça com mel
Fui casado e amancebado
Fiquei junto e separado
Tudo fora do papel

Já passei à noite em claro
Dançando em gafieira
Samba-canção e bolero
Agarrado a noite inteira
Na cintura da mulata
Já fiz muita serenata
E também muita besteira

Já brinquei cem carnavais
Dancei frevo e maracatu
Já me vesti de palhaço
De macaco e canguru
Já cheirei lança-perfume
Fiquei bêbado de ciúme
Cheguei até a ficar nu

Já joguei conversa fora
Já fui preso e condenado
Por estar incomodando
Fui parar no delegado
Beijei a mulher errada
Numa festa dei mancada
Acabei trancafiado

Já toquei meu violão
Já fiz versos e canções
Já fiz juras de amor
Já conquistei corações
Hoje vivo sossegado
Acabei sendo fisgado
Foram tantas emoções

Assim ouvia a canção
Quando olhei para o lado
Vi aquela moça bela
E fiquei enamorado
Não por falta de aviso
Mais por falta de juízo
Eu fiquei abobalhado

Assim juntamos os trapos
Dividindo a mesma cama
Acabaram-se as serestas
De todo final de semana
E o tempo foi passando
Deixei de ficar sonhando
Agora ninguém me engana

Não bebo qualquer bebida
Fiquei muito mais seleto
Parei de fumar de repente
Já tenho filhos e neto
E contas para pagar
Que não posso atrasar
Sou um cidadão correto

Hoje vivo recordando
O tempo que foi embora
Caçando rolinha no mato
Lembrando a gente chora
Pulando o muro da escola
Só prá pegar uma bola
Coisa rápida, sem demora

Rodando pião e brincando
Soltando pipa na mão
Jogando bola de gude
Roubando manga e limão
Chupando água do coco
Batendo e levando o troco
A vida sem preocupação

Caçando rã no seu ninho
Pegando cobra na mão
Arriscando a própria vida
Andando na contramão
Era ousado e impossível
Na corrida era imbatível
Sem cansar o coração

Meu hoje agora difere
Daquele tempo saudoso
A idade foi chegando
Fui ficando mais manhoso
Mais carente e acanhado
Com dores por todo lado
E também menos fogoso

Mas muita coisa melhorou
Fiquei mais experiente
Meus amigos eu escolho
Passei a ser exigente
Amor com mais qualidade
E me casei com a verdade
Com ela eu sigo em frente

Agora repasso e ensino
Com fé e muito fervor
Do jeito que diz o ditado
Vou ensinar ao senhor
Faça somente o que eu digo
Deixe o que eu faço comigo
Seja feliz por favor

Republicado por questões de erroso na página de cordel.Domingos Oliveira Medeiros

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