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Cordel-->O PROCESSO EDUCATIVO COMO FATOR DE MUDANÇA -- 21/06/2003 - 15:35 (medeiros braga) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O PROCESSO EDUCATIVO
COMO FATOR DE MUDANÇA
Medeiros Braga

Em todas partes do mundo
Sempre houve insurreição,
Enfrentamento profundo
Aos algozes da opressão.
Sempre em alguma nação,
Lá nos seus interiores
Houve um povo destemido
Que se impôs, já combalido,
Os mais cruéis ditadores.

A revolta dos espartacos
Foi uma grande rebelião
Que deixou na história o marco
Da vitória da razão.
Na nossa própria nação,
Homens feitos em guerreiros
Seus gestos de rebeldia
Ficaram com galhardia
Pelos rincões brasileiros.

Pelo século dezesseis
Os Quilombos de Palmares
Foram o primeiro, e talvez
O mais forte, dos pilares
A servir de patamares
Das futuras gerações.
Canudos que veio após
Conheceu o maior algoz
Das mais cruéis repressões.

A Rússia também sofreu!...
Foi às praças e avenidas
Para o combate, e venceu
As forças ultra-temidas.
Com as ações aguerridas
Mostrou todo seu valor
Ao desbancar do poder
Um Czar sempre a viver
Da prepotência e terror.

E a primeira experiência
Do sistema socialista
Implantou-se, com ciência,
Contra um regime altruísta.
O mundo imperialista
Se tremeu com seu cutelo
Ao ver o campo e cidade
Simbolizando a unidade
Com sua foice e o martelo.

Mas, não foi isso uma graça
Que o seu povo alcançou.
Foi a saga de uma raça
Que nas lições se inspirou.
O que se desmoronou,
Das elites arrogantes,
Foi, via educacional,
A supressão marginal
Das idéias dominantes.

Um número de educadores
Clássicos ou populares
Vinham ensinando os atores
A erguerem seus pilares.
Os ensinamentos ímpares
Dos escritores leais
Sempre comprometidos
Já vinham sendo seguidos
Dos períodos imperiais.

E a Rússia experimentou,
Na prática, o socialismo,
O país se transformou
Com grande radicalismo.
Todo aquele pauperismo
Dos meios de produção
Foi total modificado
Devendo o operariado
Assumir toda gestão.

Mas, pra isso acontecer
Houve a conscientização
De se insurgir ao poder
Como vital condição.
Para haver revolução
Os poetas e escritores
Se fizeram educadores
Levando ao povo a lição.

Dostoievski, romancista
De enobrecidos valores
Alfinetava o egoísta
Nos seus atos opressores.
Julgado pelos primores
Duma leitura tão séria
Teve livro censurado
E, injusto, condenado
Ao exílio na Sibéria.

Gorki, a grande voz,
Que arrebatava as massas,
Levou ao povo nas praças
“A Canção do Albatroz”...
Essa ave tão veloz,
No mar, nas imensidades!...
Disposta, pela voragem,
A desafiar, com coragem,
O furor das tempestades.

Tolstoi, grande escritor
Chegou a ser perseguido
Por ter levado ao excluído
Seu trabalho educador.
Se impôs ao vil opressor
Que jamais o perdoou...
E por sua negação
À prática da exploração
A igreja o excomungou.

Maiakovski, outro poeta
De grande penetração
Na juventude em alerta
Voltada à revolução
Via na conscientização,
Na educação de um povo,
A única via de avançar,
De vencer e transformar
O emaranhado de estorvo.

Outros grandes escritores
Que o povo russo acolheu
Foram colaboradores
Da mudança que se deu.
Tudo, pois, só aconteceu
Pelas lições ministradas.
Sem o permanente processo
Podem vir o retrocesso,
Atrasos e derrocadas.
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